O nosso Eu é um ato de disciplina, porque contém em si a essência verdadeira. Conhecer o Eu é descobrir a maneira certa de usá-lo. É também o ato de experimentar a liberdade responsável. Talvez seja a responsabilidade que nos leva a livre ação do nosso mental e à natureza do sublime, não revelada pela consciência.
Tudo está no Eu. O simples será revelado pelo Eu. Talvez tudo seja mais simples se houver pensamentos inteligentes e puros. Então cada um achar-se-á a si mesmo, decifrando as palavras conhece-te a ti mesmo.
Mentiras produzem aceleração das ações perniciosas na criatura, com sérios prejuízos para ela.
A verdade está em toda parte. É preciso agir acertadamente. Basta procurar meios de fugir da realidade.
A crendice e o fanatismo são os maiores entraves para o progresso espiritual das pessoas.
Devemos procurar pesquisar a verdade através do estudo comparado das diversas religiões, assimilar ponto por ponto, até que sob a inspiração divina, possamos tirar conclusões verdadeiras.
Não é possível conseguir a evolução de uma só vez. Devemos evoluir calmamente, vencendo os defeitos, um após o outro, até atingirmos a meta.
Os complexos problemas de nossa vida moral espiritual não poderão ser resolvidos de imediato, eles demandam tempo, soluções e vontade firme.
Temos que nos dedicar a essa complexa tarefa com determinação e perseverança, ouvindo sempre a voz que vem do nosso interior, se é que sinceramente queremos alcançar a libertação.
Onde poderemos encontrar a Realidade? No único caminho que nos conduz a sutilidade do nosso Eu interno.
O conhecimento do nosso Eu interno é uma meta sem fim.
A criatura humana não sabe que o movimento positivo e negativo tem por princípio reforçar o Eu interior.
O estado de consciência já liberto da confusão e da desordem é alcançado pela meditação, quando o Eu Superior assume o comando de nossa vida.
O desejo gera o esforço ilusório e nos sentimos menos dignos, prejudicando nossa evolução.
A vontade ferrenha de vencermos o desejo ilusório nos leva a um estado de consciência superior, bem próximo dos Seres Supremos. Nesse estado, descortinamos a tranquilidade, a paz interior e passamos a cultivar a vontade.
O esforço surge em nós, quando queremos vencer alguma coisa. Ele não se corporiza, pelo contrário, paira como algo fluídico.
Os desejos materiais, o apego aos bens transitórios não nos leva até o desconhecido. Só aquele que se isola do mundo profano, é que está capacitado a ouvir a voz interior que aponta o caminho da libertação.
(VERDADES FUNDAMENTAIS – MELCHISEDEC – pág. 81 a 82).