O sol se descortinava na praia
Brilhando em meus olhos
Caminho só
Ar imóvel, quente
Vento assobiando ardente
Com o som da minha respiração
Um monte de pensamentos
Um toque agudo sibilante
Suspirando com prazer
O nascer de um novo dia
Uma alvorada arredia
De momentos de introspecção
Um aroma gostoso de terra molhada
Ou maresia,
Um delicada lua ornamentando o amanhecer
Em uma fantasmagórica poesia,
Plenitude
O vento zunindo
Um sentimento de dignidade
Uma visão do encanto
Insondável graça no rosto
No perplexo momento
Da percepção da vida.
O que ele diz
estará dentro do seu peito
Todo tempo
Para sempre…
Seja longe, seja perto
Não sabemos o exato, o correto
Para tudo tem um tempo
Mas quando será esse tempo certo?
(MOSAICO DE REFLEXÕES – GUSTAVO FERRER CARNEIRO – pág. 14).