Dizia Chacrinha: “eu não vim para explicar, eu vim para confundir”. A frase do “Velho Guerreiro” nunca esteve tão atualizada no figurino atual do nosso mundo político. Em se tratando da chamada “Nova República”, desde o obscuro e opaco tempo do PT (nós e eles), que as autoridades da tão sacolejada nação brasileira adotaram à divisão da população como uma espécie de projeto político de poder – longo prazo.
Ainda na condição de candidato a presidente da república, em 2018, o então deputado Jair Bolsonaro reiteradamente jogou a semente da dúvida em praticamente tudo. Com o processo eleitoral brasileiro não foi diferente. Elegeu as urnas eletrônicas como um sistema não confiável. Se não houvesse logrado êxito teria discurso para o resto da vida.
Com a faixa no peito, o Capitão inaugurou uma comunicação institucional temerária. Através das redes sociais chamou para o ringue os tradicionais canais de comunicação e sistematicamente tenta desqualifica-los como instrumentos democráticos. Todas as ideias extremistas – direta ou esquerda – carregam no seu balaio um punhado de fundamentalistas que patologicamente alardeiam “verdades absolutas” – acreditar em tudo, faz parte da “doença”. Imagino que pautar a mídia todos os dias tem sido o maior investimento do núcleo político da gestão comandada por Jair Bolsonaro.
Repara só: em plena pandemia do cornavirus, algo sem precedente na história recente do planeta, em que todos os dias se conta cadáveres no Brasil como se fosse laranja na feira, assim como se aguardava o pronunciamento do novo ministro da saúde, Nelson Teich, Bolsonaro “ressuscitou”, no domingo (20), um assunto carcomida por demais. Ou seja: AI-5 e golpe militar.
Com efeito, no dia de hoje (segunda, 21), transferiu para a porta do Palácio todas as expectativas da rotina governamental. Lá, defendeu, ao contrário do gesto de ontem, com veemência, as instituições democráticas e ainda, mais tarde, quando questionado pelas mortes do conavirus abriu outra polêmica: “… eu não sou coveiro…”
Pois bem, se até a semana passada o assunto que incomodava o presidente se chamava “Mandetta”, não pelas questões sanitárias e sim pelo seu crescimento político, até porque o novo ministro, Teich, mesmo anunciando “alinhamento” ao presidente segue a risca as orientações da OMS, tal qual seu sucessor, hoje, Bolsonaro abriu a semana com um assunto que domina totalmente. Aliás, diga-se de passagem: nesse tema, ninguém aparece mais do que ele.
Política não é coisa para amador. Continuo dizendo que Bolsonaro não enganou ninguém. Inocentes mesmo foram os que imaginaram – e ainda acreditam – que esse camarada, que tem três décadas na política e três filhos com mandatos eletivos, fosse um sujeito de fora desse grande teatro político.
O Bozo é o excremento que fez sair dos esgotos o que temos de pior na nossa sociedade e o que ele representa de melhor.
Não há o que contestar quando analisamos os bem colocados argumentos do artigo editado pelo conceituado blog do PILAKO …
Não há justificativa capaz de convencer ao mais ingenuo ser que jogou suas fichas nesse tal de mito ,ou para os que se dizem decepcionados quanto as atitudes e idéias do atual presidente pois , apenas aqueles que se negaram a enxergar que Bolsonaro não possuía as mínimas condições ,nem para gerenciar um simples buteco do tipo “bebe em pé ” que o mesmo poderia ser o lider de uma nação da magnitude , complexidade e problemas como o Brasil, é que tentam justificar o que é impossivel.
Eu nao me decepcionei com Bolsonaro pois, nunca lhe dei credito nem voto, como é público e notorio , pois sempre o vi como um mau militar , extremista, oportunista, desequilibrado , mau exemplo , de pouca cultura , irascível, cultivador de péssimas companhias , que sempre apresentou idéias de cunho nazista , aprendiz de ditador ,além de improdutivo e incompetente.
Decepção com ele ? NÃO… Apenas confirmação das minhas convicções.