Em função dos efeitos e desdobramentos da pandemia do novo conavírus, como previsto, as eleições municipais 2020 sofrerão adiamento – 04 de outubro para 15 de novembro. Aliás, vale salientar, também, que não só as datas de votação do primeiro e segundo turno foram alteradas como parte do calendário eleitoral a ser cumprido daqui para frente. As convenções partidárias, por exemplo, antes previstas para o período de 20 de julho a 05 de agosto, ocorrerão entre os dias 31 de agosto a 16 de setembro.
Não há disputa eleitoral sem uma boa dose imprevisibilidade. As que se avizinham, muito antes da pandemia, já eram vista como uma espécie de “laboratório” em virtude da impossibilidade das chamadas “coligações proporcionais” e da perspectiva do partido político conseguir vaga no parlamento sem que o mesmo tenha atingido o coeficiente eleitoral.
Pois bem, com o Brasil mergulhado nesse mar de incertezas pandêmicas, convenhamos, pairam no ar uma série variáveis que tornam os pleitos municipais ainda mais imprevisíveis. Como estará o humor do eleitor no dia da eleição? Em função das mortes e do desemprego o eleitor se interessará por campanha política? Com medo de se contaminar será que o eleitor estará disposto em apertar a mão dos políticos? Qual será o peso da internet no pleito?
Na nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão –, até agora, o clima de campanha nas ruas está mais fraco do que caldo de peixe. Com efeito, o prefeito, candidato à reeleição, por impedimento, não consegue inaugurar nada com o alarido desejado, algo tão comum em ano eleitoral na nossa cidade.
Nos grupos opositores, até agora, mais dúvidas do que certeza: pelo grupo amarelo quem será o candidato a prefeito: Elias, Joaquim ou Paulo? Pelo PDT, André Carvalho ou Doutor Saulo? Toninho e Moacir da Mandioca seguirão firme com suas postulações? O Partido dos Trabalhadores, Antonio de Lemos e Edmo Neves apresentarão nomes consistentes à disputa majoritária?
Até o presente momento, das poucas notícias que tem chegado boa parte devemos colocar no campo da especulação ou mesmo no “departamento do fuxico e da fofoca”. De concreto mesmo, até agora, é que o pleito municipal, sob os efeitos da pandemia, de maneira geral, nunca esteve tão distante da população…