Não fosse o dinamismo e a efervescência da imprensa escrita local, desde o seu nascedouro, a partir do dia 05 de novembro de 1866, pelas mãos do idealista e talentoso Antão Borges Alves, nossa cidade, Vitória de Santo Antão, certamente, hoje, não teria tanta história para contar. Não fosse o registro escrito dos nossos mais de 200 títulos de jornais, quase todos catalogados e em estado de repouso no nosso Instituto Histórico, certamente muitos dos acontecimentos estariam guardados no mundo dos esquecidos.
É oportuno também lembrar, até porque faz parte da nossa história, que muitos dos que se aventuraram a empreender nessa seara o fez por idealismo e devoção. Não são raros os artigos e relatos grafados nas páginas dos livros que contam a nossa história, de visionários que chegaram a passar por dificuldades financeiras para manter os seus respectivos jornais nas ruas.
Se bem observados, os jornais locais se configuraram em verdadeiras ferramentas de desenvolvimento em todas as áreas. No campo político, por exemplo, terreno sempre pantanoso e traiçoeiro, os nossos jornais assistiram, acompanharam e rivalizaram, palmo a palmo, pelo tão almejado espaço de poder. “ O Victoriense”, foi o pioneiro, “ O Lidador”, o mais longevo. “ O Diário da Vitória”, durante algum tempo, circulou todos os dias e, atualmente, resistindo bravamente aos novos tempos adversos para o impresso, encontramos “ O Jornal da Vitória”, com mais de 40 anos de estrada, pilotado pelo jornalista José Edalvo.
Assim sendo, no nosso salutar e original projeto – Corrida Com História –, em que, na medida do possível, procuramos registrar e comemorar datas importantes, produzindo conteúdo histórico para as mais diversas plataformas digitais, em linguagem prática, alegre e objetiva, hoje, destacamos os 155 anos o marco da efetivação da imprensa antonense.