Com muito ou pouco conhecimento dos seus respectivos benefícios, de maneira geral, os adultos sabem da importância e os impactos da atividade física regular, no sentido da construção de uma vida saudável, sobretudo às pessoas que já dobraram a esquina das quatro décadas de primaveras. Em ato contínuo também é de conhecimento amplo que manter-se ativo fisicamente não é uma tarefa das mais fáceis.
Na qualidade de “coroa” que já envergou mais de meio século de vida, busco as mais diversas motivações para continuar praticando a corrida de rua. Dentre o rosário de motivações, destaco o projeto original por nós idealizado, produzido e protagonizado que carrega uma salutar e curiosa mistura, ou seja: cultura/corrida/sentimento/pertencimento/ação cidadã e etc.
O “Corrida Com História”, iniciado há mais de um ano, vem cumprindo o seu papel. Ao circular na cidade, mesmo em tempos de restrições sociais, por conta da pandemia, muitas são as abordagens efusivas de pessoas conhecidas e até de outras não as conheço, sob os vários aspectos já citados.
Já no “mundo digital”, principal plataforma de divulgação do trabalho, na medida do possível, procuro responder a todas as mensagens. “Tá, essa eu não sabia” – “Nunca ouvi falar nisso” – “ Estou conhecendo minha cidade” – essas estão entre as manifestações mais frequentes.
Recentemente, numa manhã ensolarada, ao circular pela Rua Senador João Cleofas de Oliveira e passando bem em frente à Loja Cattan (antigo prédio da emblemática Pitú-Lanches), o profissional da pintura, conhecido como “Daniel Artes”, ao cruzar comigo, de maneira entusiasmada, disse: “ foi aqui que funcionou o primeiro cinema de Vitória, segundo meu amigo Pilako”. Na mesma hora, parei e pedi-lhe para registrar o momento.
Eis aí, portanto, um dos exemplos da materialização do nosso peculiar projeto que atende pelo nome de “Corrida Com História”. Ou seja: transformar informações históricas, muitas vezes densa e rebuscada, pertencente apenas ao empoeirado mundo dos livros e jornais antigos em linguagem simples, objetiva e dinâmica tornando-a acessível às pessoas de todas as camadas sociais. Esse, contudo, configura-se no grande desafio dos que passaram pelas academias e faculdades. Para concluir, quero lembrar o professor, poeta e pensador antonense, Sosígenes Bittencourt, dizendo: “o difícil é ser fácil”.