Especialmente em 2023 o carnaval foi carregado de expectativa. Interrompido por dois anos consecutivos, por conta dos “tempos pandêmicos”, os festejos de momo carregaram em si uma forte simbologia. Ou seja: voltamos à normalidade! Essa foi a principal mensagem que ficou….
Apesar de mais da metade da população nacional declarar-se não simpática com esse tipo de folia, o Brasil continua sendo conhecido como o País do carnaval. Em nossa província (Pernambuco) e especialmente na nossa ‘aldeia” (Vitoria de Santo Antão) possivelmente esses percentuais apresentados devem ser mais animadores, na direção da festa comandada pelo Rei Momo.
Muito bem, nunca antes na história carnavalesca antonense uma gestão municipal dispôs de tanto tempo para desenhar, planejar, organizar e executar o “seu primeiro carnaval”. Afinal, foram mais de 24 meses para emplacar suas digitais na nossa festa maior. Fica-nos, então, a pergunta: será mesmo que esse foi o melhor carnaval da Vitória das últimas décadas?
Evidentemente que um evento com a pluralidade e a magnitude do nosso carnaval não é uma equação simplificada. Não! Mas convenhamos, também, que por ser um movimento já com certa previsibilidade em sua condução, o mesmo torna-se possivelmente exequível sem maiores transtornos, principalmente porque o atual prefeito, Paulo Roberto, já atuou, em outro momento recente, por oito anos consecutivos, na pasta responsável pelo ordenamento dessa mesma demanda o que lhe proporciona, indiscutivelmente, mais elementos para atenuar imprevistos.
Se inicialmente os meios de comunicação da Capital alertavam certo temor no tocante à violência no carnaval pernambucano, convenhamos que a festa, de maneira geral, no estado, foi marcada por uma tranquilidade razoável.
Em Vitória de Santo Antão, que nos últimos anos não se destacou por atos violentos, poderíamos dizer que assistimos um dos carnavais mais calmo e tranquilo. Estive nas ruas os quatro dias de folia oficial e não vi absolutamente nada que me faça dizer que foi diferente.
É possível que a presença da Polícia Militar, da Guarda Municipal e dos agentes da AGTRAN, em maior número nesses festejos de momo nas ruas, tenha contribuindo decisivamente para assegurar um certo clima de clamaria, por assim dizer.
Aliás, por mais de uma vez, encontrei nas ruas, coordenando pessoalmente os trabalhos, o diretor da AGTRAN e o secretário de Defesa Social, Marcelo Torres e Décio Filho, respectivamente. Por sinal, ao Marcelo, dei-lhe os parabéns de “viva voz” pelo controle no fechamento das ruas. Esse ano (2023) houve uma melhora bastante acentuada. Com um bloqueio mais eficiente, entre outras vantagens, evitamos os chamados “paredões de som avulsos” que, convenhamos, “poluem sonoramente” a festa.
Outro ponto positivo que observamos, por assim dizer, se refere à limpeza das vias no tocante ao circuito oficial da folia. Houve, sim, uma ação contínua, no sentido do não acúmulo de resíduos durante os desfiles das agremiações promovendo, com toda certeza, um melhor aspecto visual ao evento como um todo.
Na questão da prontidão, com serviços diversos e equipes de saúde com ambulâncias, distribuídas ao longo do percurso oficial, poderíamos dizer que foi um serviço da prefeitura que atuou positivamente no nosso tríduo momesco e que merece um registro.
Essas, portanto, são algumas observações positivas que sublinhamos em nosso jornal eletrônico atinentes ao carnaval 2023. Evidentemente que em outros pontos a gestão municipal “pisou na bola” e não somou para o engrandecimento da nossa festa maior. A ornamentação e a iluminação, por exemplo, preparadas para o evento, foram pontos negativos para a atual gestão nesse carnaval. Mais adiante, estaremos fazendo novas ponderações, sobre o mais recente carnaval na terra de José Marques de Senna.