Desde o desmoronamento de um prédio residencial, localizado na cidade do Paulista, Região Metropolitana do Recife, ocorrido na manhã da última sexta-feira (07), que a grande imprensa da capital, em suas pautas diárias, vem dando amplo destaque sobre o assunto dos imóveis condenados por órgãos técnicos e invadidos por populares, que dizem não ter outra opção de moradia. Todos nós sabemos que o déficit habitacional é um problema crônico e complexo que sua solução demanda muitas variáveis.
O saldo fatal desse recente drama em solo pernambucano foram mais 14 vidas interrompidas.
Pois bem, pela imprensa, quando começamos acompanhar os noticiários e as entrevistas, nesse caso em tela – Paulista –, observamos um grande jogo de “empurra-empurra” se estabelecer. Prefeitura, seguradora, Ministério Público, Caixa Econômica Federal, Poder Judiciário e demais atores, ao que parece, produzem aquilo que conhecemos popularmente como “brincadeira de se esconder”.
Ninguém aparece para falar: prefeito e procuradores do município perderam a língua. Procuradores do MP agora que estão sendo “apresentados” ao problema. Os legítimos representantes da seguradora e da Caixa Econômica Federal, doravante, só sabem produzir “notas vazias”. Quanto ao Poder Judiciário, nesse e em tantos outros casos, parece querer que as coisas sejam resolvidas sem as respectivas sentenças. Aliás, na referida “bronca” o objetivo final logrou êxito sem a interferência direta das suas excelências, ou seja: os ocupantes indesejados desocuparam o prédio e o mesmo foi “demolido” com rapidez, eficiência, baixo custo e sem corrupção.
Infelizmente, nossas autoridades estão mais talhadas aos holofotes das redes sociais do que justificarem os seus respectivos pomposos salários e generosos privilégios fazendo o que lhes são de ofício.
14 pessoas morreram: quem são os culpados?