Em um dia como hoje, 26 de novembro de 1973, há meio século, o romance Avalovara, do pernambucano de Vitória de Santo Antão, Osman Lins,(1924-1978) ,era lançado em São Paulo.
Considerado um dos três maiores nomes do romance latino-americano, ao lado do prêmio Nobel de literatura, o colombiano Gabriel Garcia Márquez (Cem Anos de Solidão) e do argentino Júlio Cortázar, segundo o tradutor de Osman para o inglês, o norte-americano Gregory Rabassa, da Universidade de New York, e também de mais de 40 livros entre as quais obras de Machado de Assis, Jorge Amado ,Clarice Lispector e Guimarães Rosa.
Para Osman Lins, “avalovara” é o nome de um pássaro imaginário. O vitoriense nascido em 5 7.1924, na Rua do Rosário, bairro da Matriz, é o exemplo do homem de origem humilde, como Machado de Assis, Lima Barreto, João Antônio que conseguiu superar seus limites ao construir uma obra oceânica, universal, com temas que não perderam a atualidade.
Falecido, precocemente, aos 54 anos, em 8 de julho de 1978, São Paulo, em pleno vigor literário, de longa enfermidade, cultivou os principais gêneros literários: romance, conto, narrativa, teatro, com a peça “Lisbela e o Prisioneiro” , levada ás telas anos mais tarde.
A máxima de que “santo de casa não faz milagres”, em Osman Lins não prosperou. Ele inverteu a expressão ao construir um conjunto de obras consagradas, mediante esmerado emprego da palavra, da ideia, da crítica, do sentimento, no inesgotável mundo ficcional.
Seus livros estão nas bibliotecas de Washington, Berlim, Harvard, Paris, além de centenas de instituições e entidades culturais pelo mundo. A Universidade de Brasília chegou manter o Grupo de Estudos Osmanianos. Em 2024, o Ano Osman Lins, marcará o centenário de seu nascimento , orgulho não somente dos vitorienses e Pernambuco, referência nos meios intelectuais brasileiros e exterior, o que vem a justificar série de homenagens e comemorações das entidades e segmentos representativos..
Ronaldo Sotero