O ano era 1947 e o pequenino Chico Buarque tinha apenas três anos de idade.
Naquele ano, o grande Sivuca compôs no Recife a melodia do que viria a ser “João e Maria”, mas só entregou a música para Chico colocar uma letra 30 anos depois no Rio de Janeiro.
Começava a ganhar forma uma das mais belas valsinhas brasileiras de todos os tempos.
Pois bem.
Motivado pelo fato de que, em 1947, tinha apenas três anos, Chico resolveu fazer uma letra baseada em uma conversa de crianças.
Reparem que é uma obra que evoca a nostalgia e a simplicidade da infância, contrastando-a com a complexidade da vida adulta.
O herói, o “faz de conta”, a noiva do cowboy, o rei, o bedel, o juiz…
Misturando os tempos verbais, como faria uma criança, a letra decreta que a única lei era que todos fossem obrigatoriamente felizes.
Linda demais, não é?
Agora, um detalhe que poucos sabem: quando entregou a fita cassete a Chico, Sivuca escondeu que havia enviado a mesma melodia para um letrista famoso no Recife, Rui de Moraes e Silva.
Foi assim que Rui compôs “Amanhecendo”, gravada na voz de Nadja Maria, com a mesma melodia que Chico “letraria” 30 anos depois.
É também uma bela canção!
“João e Maria” e “Amanhecendo”: os dois frutos que a melodia de Sivuca colheu!
Boa quinta-feira pra todo mundo, gente!
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