“PC Farias” – por @historia_em_retalhos.

Este é Paulo César Cavalcante Farias, o “PC Farias”.

PC era um empresário alagoano bem sucedido que ganhou projeção nacional ao ser o tesoureiro da campanha de Fernando Collor à presidência da República em 1989.

Foi acusado de ser o articulador de um esquema de corrupção conhecido como “esquema PC”, o qual redundaria no impeachment de Collor em 1992.

Ele seria o testa de ferro do esquema que movimentara mais de um bilhão de dólares dos cofres públicos, com a conivência do presidente.

Sua morte, em 1996, até hoje, é obscura.

Em julho de 1993, PC decidiu fugir do Brasil em um bimotor acompanhado do piloto Jorge Bandeira, seu sócio.

A rota de fuga começou por Ibimirim (PE), com escalas em Bom Jesus da Lapa (BA), Dourados (MS) e Assunção (PY), até chegar a Buenos Aires (ARG).

Em novembro, é preso em Bangcoc, na Tailândia, sendo condenado, no ano seguinte, a sete anos de prisão por falsidade ideológica.

Em liberdade a partir de 1995, uma grande surpresa choca o país na madrugada do dia 23 de junho de 1996: os corpos de PC Farias e de sua namorada Suzana Marcolino são encontrados mortos na casa de praia de Guaxuma, em Maceió.

O que aconteceu com PC Farias?

A versão oficial aponta para um crime passional.

Segundo o legista Badan Palhares, Suzana matou PC e suicidou-se em seguida.

Já para o médico-legista George Sanguinetti e o perito criminal Ricardo Molina o casal teria sido assassinado.

Irresignado com a versão oficial, o promotor Luis Vasconcelos continuou com as investigações e levantou a hipótese da presença de uma outra pessoa na cena do crime, denunciando os quatro ex-seguranças de PC.

Todos foram pronunciados, porém absolvidos em júri popular ocorrido em 2013.

Um detalhe: o irmão de PC, o então dep. federal Augusto Farias, e a sua namorada Milena, passaram a noite com o casal, mas saíram antes do momento do crime.

Augusto e Milena nunca foram levados a julgamento, por requerimento da PGR.

Até hoje, a pergunta: quem matou PC Farias❓

PC era uma caixa viva de informações, capaz de dinamitar até a mais sofisticada cúpula de poder.

A quem interessar, recomendo “As duas mortes de PC Farias”, de Luis Costa Pinto. 📚
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