Num país livre, democrático, com dimensões continentais e múltiplas interpretações culturais – como o nosso – todo espaço de poder representa uma oportunidade concreta à implementação de políticas públicas. Nesse contexto, seria razoável dizer que não existe solução para problemas coletivos (sociais) fora do espaço público.
Difícil é esperar que as massas, como uma espécie de gigante amordaçado e sonolento, interpretem suas dificuldades (comuns) como direitos que foram, através dos tempos, lhes negados e/ou subtraídos.
Como entender, por exemplo, que o eleitorado nacional, estadual e municipal seja composto majoritariamente por mulheres e sua representação, nas respectivas casas legislativas, seja tão fragilizada?
Aliás, se pegarmos à representação feminina na bancada legislativa da Câmara da Vitória de Santo Antão, na atualidade, chegaremos à incrível representação numérica de zero.
É como se as mulheres antonenses, no processo eleitoral local, atuassem de maneira contrária a todas as suas necessidades e desejos, ratificando, nas urnas, sua completa invisibilidade na condução da vida orgânica municipal, iniciada em maio de 1812, quando deixamos de ser “Freguesia de Santo Antão” para ascendemos à categoria de Vila de Santo Antão.
Em recente evento, que marcou a abertura do comitê eleitoral da candidata ao cargo de vereadora, Hérika Araújo, ao qual, atendendo ao seu convite, compareci, encontrei um ambiente repleto de mulheres. Eis ai, portanto, o ponto de partida de todas essas minhas reflexões….
Para concluir, mais adiante, irei postar uma matéria atinente ao pleito de 2024, na qual, no meu modesto entendimento, imagino ter pelo menos 5 candidaturas femininas concorrem com chances reais de ocupar (juntas) um assento na Casa Diogo de Braga. Nessa “briga”, vale sublinhar, a nossa heroína, Mariana Amália, indiscutivelmente, estará ao lado delas….