Por mais que alguns gatos pingados contestem o sistema de financiamento público das campanhas políticas no Brasil, o mesmo, se analisado com certa profundidade e com visão de futuro, se configura numa ferramenta importante para o aperfeiçoamento do processo democrático.
Falar mal do financiamento público de campanha revela-se num desconhecimento às várias etapas de um processo político. Mas devemos respeitar a opinião dos que acham que as campanhas políticas deveriam ser tocadas apenas com o dinheiro privado.
Mas devemos reconhecer, também, que pelo fato do dinheiro ser público não podemos “zombar” e “abusar” dele. Sabemos, inclusive, que a corrupção é uma chaga em nossa sociedade e que devemos, sempre que possível, combate-la como elemento normatizado em todo e qualquer processo da vida comum.
Apenas para ficar no contexto do financiamento público de campanha, recentemente, tomei conhecimento que um determinado candidato ao cargo de vereador da nossa cidade – considerado pelos analistas como “baixíssimo claro” – recebeu do partido cerca de 300 mil panfletos – entre santinhos, outros e até adesivos colantes.
O curioso dessa operação é que o referido candidato não recebeu, no curso da campanha, nem um centavo (conta oficial) para cobrir outras despesas e até contratação de militância para distribuir, respeitosamente, o respectivo material recebido.
Resumo da ópera: sem lógica à quantidade de material que ele recebeu. Sem lógica não haver recebido nem um centavo na sua contar oficial, para tocar, minimamente, a sua campanha.
Sem querer aprofundar na questão, possivelmente, o dinheiro do partido foi, corretamente, prestado conta, com as devidas notas ficais, na gráfica, escolhida pela direção partidária. Continuo dizendo: política não é coisa para amadores……