E qual a relação desta via com o mangueboy Chico Science?
Vamos lá!
A designação “48”, gente, é uma referência direta ao ano de 1848, ano em que eclodiu, no Recife, a famosa Revolução Praieira, há exatos 176 anos, em 7 de novembro de 1848.
Na área onde hoje passa a rua, um grupo de revolucionários costumava reunir-se no local conhecido como “Sítio do Feitosa”.
Tudo começou com a criação do chamado “Partido da Praia”, de inspiração liberal e federalista, em contraposição ao controle do poder local nas mãos das duas famílias dominantes: os “Cavalcanti” e os “Rego Barros”.
Do lado destes últimos, os conservadores, também chamados de “gabirus”, estava o Diário de Pernambuco.
Do lado dos praieiros, o Diário Novo, cuja tipografia ficava na Rua da Praia (daí a origem do nome).
Em suma, os praieiros queriam uma nova Constituinte.
Lutavam pelo voto livre e universal, pelo fim dos latifúndios, pela liberdade de imprensa e pela extinção do poder moderador, além da nacionalização do comércio varejista, que estava nas mãos dos portugueses.
A gota d’água para a eclosão do movimento foi a destituição do presidente da província, Chichorro da Gama, que combatia o poder dos gabirus.
Contando com aproximadamente 1.500 combatentes, os praieiros decidiram atacar o Recife.
No confronto, perderam 500 homens.
O governo central, então, propôs anistia para pôr fim ao movimento, o que não foi aceito.
Os líderes Borges da Fonseca e Pedro Ivo decidiram resistir, sendo derrotados em 1849 e 1850, respectivamente.
A derrota dos praieiros representou uma demonstração de força de Pedro II, que, após 1850, experimentou um período de estabilidade política e econômica.
Assim como a Rev. de 1817, que recebeu a influência da Rev. Francesa, a Praieira também teve a inspiração daquele país. 🇫🇷
Em 1848, acontecia na França a chamada “Primavera dos Povos”, que deu origem à 2ª República Francesa.
Mas… e o mangueboy?
Em 1994, o nosso Chico Science compôs a canção “A Praieira”, trazendo o fato histórico ao conhecimento da juventude.
É por essas e outras que eu “vou lembrando a revolução”!
Valeu, moçada!
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