Durante cerca de dois anos, enfrentando uma série de dificuldades (inclusive de acesso), fotografei a maioria dos seculares engenhos de açúcar da Vitória de Santo Antão.
Creio que foi uma iniciativa pioneira, posto que inexistia nos arquivos locais uma memória iconográfica desse tempo rural e fator de crescimento industrial da nossa terra.
Fiz doação desse acervo, ampliado, ao Instituto Histórico, na expectativa de ser útil aos futuros pesquisadores, o último dos quais foi o professor José Aragão, presidente do I.H., que recebeu as fotos com muito zelo.
Hoje, são todos de fogo-morto, com seus equipamentos inúteis e suas paredes em ruínas.
Decadência do nosso importante a motor da industrialização brasileira, o ciclo da cana gerou condições para uma importante classe que proporcionou condições para ascensão de uma oligarquia rural que serviu de inspiração para os barões do café no sudeste brasileiro.
Marcus Prado – jornalista