4.° Exército – por @historia_em_retalhos.

Neste prédio, no Recife, onde funcionava a sede do 4.° Exército, nasceu o golpe de 1964 na capital pernambucana.

Daqui, no dia 1.° de abril, os militares partiram para depor o governador Miguel Arraes e fizeram dos estudantes Jonas Albuquerque e Ivan Rocha as primeiras vítimas fatais da ditadura no país.

Para entender o dia 31 de março de 1964, é preciso, antes, conhecer os seus antecedentes.

Com a renúncia de Jânio Quadros, em 1961, o vice-presidente eleito, João Goulart, que se encontrava na China, foi impedido de assumir o posto.

Houve um extenso processo de negociação, que resultou na adoção transitória do parlamentarismo, para, apenas, em 1963, após um plebiscito, Jango assumir a presidência.

A partir daí, o país virou um palco de agitações sociais, que polarizaram as correntes de pensamento.

Em 13.03, ocorreu o comício da Central do Brasil, no RJ, que reuniu trabalhadores em apoio a Jango e às suas reformas de base.

No dia 19, setores conservadores realizaram a “Marcha da Família com Deus e pela Liberdade”, considerado o ápice do movimento de oposição.

A objeção militar a Jango cresceu a partir do dia 25.03, com a rebelião dos marinheiros.

Os militares o acusaram de ter sido conivente com a quebra da hierarquia, passando a associá-lo à ameaça de uma ditadura comunista no Brasil (fato jamais comprovado).

Em 31.03, o general Olímpio Mourão partiu com as suas tropas de Juiz de Fora/MG, sem a autorização de outros militares, e deu início ao movimento armado.

Estava deflagrado o golpe militar.

Mesmo Goulart estando no território nacional, em 02.04, o presidente do Congresso Moura Andrade declarou vaga a presidência e empossou provisoriamente o presidente da Câmara Ranieri Mazzilli.

Em 11.04, o Congresso elege Castelo Branco, dando início ao longo período de 21 anos de autoritarismo.

Passados 61 anos deste episódio, devemos rememorá-lo com um único objetivo: rechaçá-lo e jamais o esquecer.

Não aceitemos revisionismos históricos de ocasião.

Cultivar saudosismo por uma ditadura que torturou e matou significa compactuar com as suas atrocidades.

31 de março é dia de reafirmar:

Ditadura nunca mais!
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