Apesar de não haver acompanhado presencialmente o movimento público reivindicatório, promovido pelos estudantes universitários, ocorrido na manhã do sábado (20), no nosso Centro Comercial, que teve como principal pauta à questão do retorno dos ônibus que transportam os estudantes locais à Capital Pernambucana, é possível dizer que o mesmo, mais uma vez, cumpriu seu papel.
Na nossa cidade, de maneira geral, por incrível que possa parecer, essa questão – transporte público –, desde o seu nascedouro – na visão dos governantes – está muito mais atrelada ao processo eleitoral do que mesmo à ceara administrativa. Deve-se levar em consideração, também, que não há muita clareza na legislação, quanto à sua aplicabilidade legal. Mas, independente de qualquer coisa, o pleito dos estudantes é legítimo, até porque, à prestação desse serviço (aos eleitores) é algo considerado, com relevo, nos respectivos planos de governo, dos então candidatos a prefeito.
Pois bem, em um passado não muito distante até um ônibus de primeiro andar foi apresentado como a melhor solução para os alunos, mesmo que à aplicação dessa alternativa confrontasse a lógica viária – uma vez que o melhor uso desse tipo de veiculo esteja direcionada às viagens com longas distâncias.
Na última campanha eleitoral, o então candidato a prefeito, Aglailson Junior, acabou sendo o principal “beneficiário” pelo sucateamento dos ônibus e até da descontinuidade dos serviços oferecidos aos estudantes. Na ofensiva, o mesmo, produziu esperança de dias melhores, na direção dos insatisfeitos estudantes (eleitores), antes de se eleger e até mesmo depois da posse.
Com praticamente cinco meses sentado na cadeira mais importante da cidade, o nosso mandatário, Aglailson Junior, ao que parece, ainda não entendeu, com clareza, “a dor e a delícia de ser o que é” – como bem interpretou o bom e eterno Caetano Veloso.
Na qualidade de gestor público, o sujeito não tem o direito de não ser claro, objetivo e conclusivo nas suas decisões. Afinal, qual é o real planejamento da sua administração para essa demanda? Quais as alternativas que estão postas, até o presente momento? Existe, de fato, um planejamento municipal financeiro para esse tipo de serviço?
Pelo andar da carruagem – conforme outras experiências administrativas locais – todas essas indagações e duvidas só serão respondidas às vésperas do pleito eleitoral que se avizinha (2018), confirmando assim, aquilo que realcei no inicio dessas linhas. O político Aglailson Junior, nas mais variadas situações, inclusive nas suas peças publicitárias da disputa mais recente, sempre se “auto-gabor” como um sujeito fiel aos compromissos assumidos e por ser também um “homem de palavra”.
Portanto, cabe-lhe, nesse momento, Aliás: Já passou da hora do mesmo, expor com clareza qual é o seu planejamento ou ação no que diz respeito ao transporte público dos universitários. Falar e responder à população com sinceridade e rapidez, não é favor de nenhum gestor, muito pelo contrário, é OBRIGAÇÃO, sobretudo nesse momento delicado em que vive o nosso País. Aguardemos, então seus próximos passos.