Amanhã, quarta feira, dia 25 de outubro, acontecerá mais uma votação decisiva para o presidente Michel Temer. Habilidoso e com a caneta na mão, Temer, infelizmente, se safará novamente. Isso é o que dizem os especialistas, lá da Capital da Maracutaia. Os deputados federais já sabem que na busca dos votos para a reeleição, em 2018, independente de qualquer coisa, os eleitores mais esclarecidos deverão optar pelo voto nulo ou dificilmente hipotecarão seus sufrágios nos atuais detentores de mandatos. Portanto, votar a favor ou contra Temer, pouco influenciará na próxima disputa, sobretudo, para os postulantes que fazem política nos ricões e, majoritariamente, na base da compra de votos. Lamentavelmente essa é a realidade.
Ministros e secretários estaduais, dos mais diversos estados da federação, estão reassumindo seus respectivos mandatos na Câmara Federal para cumprir as exigências partidárias. Esse é o jogo. Manda quem pode, obedece que tem juízo. Cada qual que faça seu “joguinho e cena”, mas a realidade é outra. O jogo é sujo, a parada é sinistra!!
Pois bem, é nesse conjunto de arrumadinho que mais uma vez chamo a atenção dos eleitores esclarecidos, para o seguinte detalhe:
Estamos com uma “reforma eleitoral” que acabou de sair do forno. O curioso é que em nenhum momento discutiu-se à proibição de detentores de mandatos legislativos se afastarem – sem perca de mandato – para assumirem cargos no poder executivo federal ou estadual, ministros e secretário, respectivamente.
Essa promiscuidade administrativa, para não chamar de “suruba-partidária”, é uma das muitas esquizofrenias do nosso sistema político/partidário/administrativo. Ora!! O camarada se elege para um determinado cargo e, ao logo de todo tempo, o que menos faz é exercer o mandato, para o qual foi eleito.
No nosso condado – Vitória de Santo Antão – temos dois maus exemplos bem próximos:
Primeiro: o deputado Felipe Carreras, que nunca teve nenhum vínculo com Vitória, foi apresentado, no último pleito (2014), pelo grupo do atual prefeito, Aglailson Junior. Depois de colocar mais de oito mil votos no seu saco, partiu, foi ser secretário estadual e nunca mais colocou os pés na nossa cidade, muito menos trabalhou pela mesma, em qualquer frente, para retribuir os sufrágios recebidos dos antonenses.
Segundo: O deputado André de Paula, velho conhecido do eleitorado local, foi outro que ignorou os votos recebidos na nossa cidade. Após receber uma penca de votos do nosso incauto eleitorado, em 2014, resolveu se abrigar numa das pastas (Cidades) do governo Paulo Câmara, deixando os interesses do povo vitoriense desprovido de qualquer eco lá em Brasília. Aliás, dizem alguns que André, exercendo o mandato ou não, sempre foi um parlamentar afônico, na qualidade de interlocutor dos vitorienses,
Concluo dizendo: o sistema eleitoral brasileiro, apesar das muitas reformas, remendos e “puxadinhos” continua sendo talhado sob medida, na tentativa de preservar as elites partidárias no poder. Ainda, somos sim!!! UMA REPUBLIQUETA VAGABUNDA.