Desde a chegada da Família Real em terra tupiniquins, em 1808, fugida das garras do conquistador francês Napoleão Bonaparte, que o Rio de Janeiro tornou-se, entre outras coisas, a metrópole cultural daquilo que, a partir de 07 de setembro 1822, veio a ser um país chamado Brasil. Em regra geral, portanto, tudo que aconteceu na “Cidade Maravilhosa” – em maior ou menor escala –, com o passar dos anos, reproduzido-se no restante do território nacional – coisas boas ou ruins, diga-se de passagem……
Pois bem, em função das eleições gerais, marcadas para outubro próximo, os partidos políticos estão em plena atividade, visando seu fortalecimento na qualidade de ente federativo sem esquecer, evidentemente, de ampliar seu espaços nas assembleias estaduais. Isso é legitimo e totalmente legal, num país democrático como o nosso Brasil.
Na caça ao voto do eleitor, em tempos de mau humor do eleitorado, na cabeça dos políticos, tudo é válido. Partidos de todas as tendências procuram novos quadros. Diferentemente da “Era do Bipartidarismo”, ideologia e afinidade com o que prega o estatuto da agremiação que se pretende ingressar, parece-nos que, há muito tempo, já virou letra morta.
Nesse contexto, porém, por uma questão de “resistência” ao ideário marxista, corrente de pensamento surgida lá na metade do século XIX, algumas siglas – em meio à essa verdadeira “sopa de letrinhas” – se gabam por empunhar a chamada “bandeira ideológica”. Dentre as quais, destacamos o PCdoB – Partido Comunista do Brasil, surgido em 1962, em São Paulo, com forte penetração nos sindicatos e espaço estudantil.
Eis que aparece como nova afiliada – PCdoB -, com domicilio eleitoral no Rio de Janeiro, a artista MC Carol. Segundo comentários da mídia e redes sociais, ela se apresenta como pré-candidata a deputada estadual. Na qualidade de cidadã e com os seus direitos políticos intactos a mesma tem o legitimo direito de pleitear um cargo político eletivo. Aliás, ela faz muito sucesso como artista o que nos sugere um plus na difícil tarefa de angariar sufrágios.
No meu modesto entendimento, na qualidade de observador da cena política, imagino que o PCdoB, com essa aposta eleitoral – MC Carol -, independente do seu êxito ou não, evidencia, de maneira prática, aquilo que pensadores importantes já haviam identificado, lá atrás, ou seja:
“toda esquerda no mundo hoje é obsoleta, conservadora e reacionária. Ela se organizou em termos de pensamento e ação no século 19 para concorrer com o liberalismo em termos de imaginário futuro de organização social. O liberalismo oferecia o progresso, a esquerda oferecia a revolução pela ruptura. A queda do muro de Berlim destruiu esse projeto alternativo. A esquerda desde então tem estado na defensiva e não é à toa que sua palavra de ordem seja resistência”
Contudo, concluo essas linhas reproduzindo, abaixo, um vídeo da MC Carol. Desejo-a muito sucesso na sua nova empreitada. Desta feita, alinhada à ideologia política e sintonizada com o estatuto da sua mais nova agremiação partidária- PCdoB – Partido Comunista do Brasil.