Que pese um longo processo de construção, cada qual com uma parcela de participação no atual desenho de “mundo civilizado” que temos hoje, recai sob os franceses as grandes transformações na forma do pensamento racional coletivo acidental – o chamado iluminismo. Foram também os franceses que, em 1968, protagonizaram o ano que não acabou – “a imaginação toma o poder”.
Pois bem, em recente matéria publicada no Diário de Pernambuco a vitoriense Martha de Holanda foi destacada, entre outras coisas, como uma mulher que viveu além do seu tempo. Viver além do tempo, em qualquer tempo, nunca foi nem será tarefa das mas fáceis. O então contexto histórico não perdoa ninguém!!
A matéria aludida realçou também os momentos importantes e o pioneirismo da Rádio Clube de Pernambuco. Mesmo sendo do interior, dificuldade à época, a vanguardista Martha de Holanda se utilizou dos microfones da referida emissora para alardear novas ideias – o direito ao voto para as mulheres e o movimento feminista.
Eis aí um registro importante das historiadoras Alcileide Cabral do Nascimento e Gilvânia Cândida da Silva. A Martha de Holanda quebrou paradigmas e conseguiu conciliar, na pártica, o mundo das ideias com a vida real. Não teve medo de viver o novo e, por isso, entrou para história…..
Até hj procuro entender o que seja “viver a frente de seu tempo” com relação a esta senhora.
O que Ela fez que mudou a realidade social brasileira? Ser a primeira eleitora? Botar um garoto mal vestido numa igreja desrespeitando o local????
Com todo o respeito, mas quem fez as pesquisas através de fontes primárias (familiares, amigos etc) sobre a vida de Martha de Holanda, a primeira eleitora de Pernambuco, foi a premida escritora Luciene Freitas. Ela publicou o livro. Os demais foram apenas reproduzir o que já estava escrito por ela. É bom lembrar disso, e não esquecer que Luciene Freitas é, também, de Vitória de Santo Antão, PE. Dai a Cesar o que é de césar!!!!