Certa vez, uma irreverente toada fez o nosso querido e saudoso Célio Meira se retirar do tablado. Estávamos na fase aguda da primeira grande guerra e Célio era um francófilo capaz de brigar com quem tentasse, nesse particular, combater as suas ideias. Era nosso Ministro do Exterior o dr. Nilo Peçanha. Acontece que a Cambinda para, diante do tablado e ataca:
“O Doutor Nilo Peçanha
Pela Pátria brasileira,
– Mandou chamar Célio Meira
P’ra acabar com a Alemanha”.
Ceciliano não gostou da graça. Essa quadrinha foi atribuída a Samuel Campelo que, no entanto, sempre negou, Teria sido de meu pai, Joaquim de Holanda Cavalcanti. Muitas pessoas o davam como sendo o autor. Não sei…
O que sei é que a “Lagoa do Barro” lembra o Carnaval. Era lá o quartel general da folia, transformada em bosque e, à noite, com sua profusão de luzes, num vasto salão iluminado.
Até 1929, o nosso Carnaval, embora descacterizando-se cada ano, guardou esse aspecto.
Achei muito maravilhosa a matéria divulgada, no entanto, sentir falta de uma explicação sobre esse personagem “Célio Meira”, é ele da cidade de Lagoa de Barro que lembra o Carnaval?
Poderia me explicar um pouco mais sobre isso, por favor quero adentrar um pouco mais sobre esse fato.
Atenciosamente
Emanoel Cunha
Amigo Emanoel Cunha
Fico feliz por ter gostado. Célio Meira, meu avô, foi um atuante escritor vitoriense, Lagoa do Barro é o nome da atua Praça Duque de Caxias, que também já foi chamado de Comércio.
Incrível não sabia que a duqe recebeu esse nome. Então fica claro que através delas e de suas calçadas que nasceu o Carnaval de Vitória.
Obrigado pela informação!
Seu blog é uma ferramenta indispensável para conhecermos de onde vem as ráizes da Cidade em toda sua forma cultural. Parabéns pelo Blog.