Lendas e conversas misteriosas povoam as cabeças das pessoas. Hoje pela manhã, ao caminhar pelo nosso centro comercial, encontrei uma pessoa que há quase duas décadas não tinha notícias. Aliás, ela nem me viu e nem sabe que a vi, muito menos do que lembrei ao vê-la.
Essa senhora, que por motivos óbvios não irei revelar seu nome ou qualquer outra referência a sua pessoa, residiu durante muito tempo – de aluguel – em das casas do meu pai – Zito Mariano. No meu tempo de criança tinha medo dela danado….
Naquela época corria um boato que a mesma, em noite de lua cheia, virava bicho!!! No tempo em que se amarrava cachorro com linguiça, essas histórias tinham fé de ofício, ou seja: era verdade verdadeira!!! Lembro, inclusive, que, vez por outra, locatários das casas contíguas queixavam-se ao meu pai dessa situação. Alguns falavam que até escutavam “coisas estranhas”, que vinham da casa dela.
Certa vez, lembro bem, um casal foi falar com papai para alugar uma casa. Ao ser informado que havia duas desocupadas na mesma rua em que a dita cuja morava – a mulher que virava bicho – o casal retrucou na hora: “aquelas nem de graça eu quero, “Seu” Zito…..
Bom!! Muito tempo depois chegou-se à conclusão que a “mulher que virava bicho” era uma senhora muita chata, complicada que gostava de importunar as pessoas, motivo pelo qual, seus antigos vizinhos do sítio lhe colocaram esse mimo, ou seja: “a mulher que vira bicho”……