O Brasil está mergulhado numa crise sem precedentes. As modificações tecnológicas, as novas relações de trabalho, as modificações no tecido social, a corrupção sistêmica, o agravamento da violência urbana e a aguda recessão econômica são alguns dos desafios que deverão ser enfrentado pelo presidente que será eleito na próximas eleições.
Nesse contexto, porém, a Rede Globo de Televisão está abrindo um preciso espaço no seu telejornal mais assistido, para entrevistar alguns dos mais bem posicionados candidatos. Espaço de vinte e sete minutos no Jornal Nacional é algo poderoso, no que se refere à criação de um norte para uma campanha presidencial. Uma ideia, uma frase ou mesmo uma “bola fora” poderá mudar a história política do país.
Pois bem, através da internet tive a oportunidade de assistir as duas primeiras: Ciro Gomes e Jair Bolsonaro. Numa leitura muito particular, imagino que a Rede Globo de Televisão, através da sua direção e bancada de jornalismo estão muita mais preocupados com os marcadores de audiência da emissora do que com a nação brasileira. Penso, na minha humilde análise, que o momento não deveria ser usado para o aprofundamento das tão ingênuas polêmicas e sim nas possíveis soluções dos problemas crônicos que desidrata as esperanças da população como um todo. Quem tem que aparecer e dizer o que pensa, são os postulantes e não os entrevistadores.
Volto a dizer: a Rede Globo, na qualidade de empresa privada que existe por conta de uma concessão pública, não está cumprindo o seu papel constitucional que é, entre outras coisas, zelar e promover informação qualificada e de interesse público. Até agora, por exemplo, mesmo após os 27 minutos de entrevista com dois importantes candidatos, não ficamos sabendo o que os mesmos pensam no que diz repeito à saúde e à educação brasileira……..ou será que esses itens não tem a menor importância?