Hoje, 31 de outubro de 2018, é uma data carregada de simbolismo para o mundo católico. Não obstante, ser também, emblemática ao chamado protestantismo. Por ocasião das comemorações alusiva aos “500 anos” da Reforma protestante, ha exato um ano, confeccionei o artigo abaixo, que reproduzo agora, para marcar, mais uma vez, esse momento histórico da humanidade.
500 anos da Reforma Protestante: estamos precisando de outra reforma ou voltar aos princípios dela?
Hoje, 31 de outubro de 1517, há exatos 500 anos, o alemão, monge agostiniano, Martin Luther (Martinho Lutero) atuou como uma espécie de porta-voz de uma das mais importantes transformações estruturais da civilização. Com a publicação das suas 95 teses em meio a uma ebulição econômica e cientifica, precificada exatamente no contexto do sentimento da mudança – “tempos medievais para os tempos modernos -, incentivada e efetivada pela então classe burguesa, antes às margens das decisões políticas, funcionou como o alvorecer do mundo que hoje está desenhado e posto.
Separar a igreja da fé, entender a religião pelas lentes do poder político, naturalmente, não é tarefa das mais fáceis. Não se pode cobrar das pessoas em geral um raciocínio no sentido contrário às verdades dogmáticas. Pensar “fora da caixa”, além de ser politicamente incorreto, dá trabalho e proporciona exclusão social.
Se hoje, meio milênio depois, as denominações religiosas atuam como os pilares da sustentação do pensamento coletivo imaginemos, então, romper essa “embalagem” lá no período que os historiadores chamam de feudal, sob o véu e à hegemonia continua e perene – século V a XV – dos católicos medievais, cujo o conhecimento cientifico era guardado como trunfo, tal qual uma das suas propriedades privada.
Antes de Lutero nascer, contudo, outros religiosos, no mesmo sentido, já haviam enfrentado o poder soberano de Roma. John Wycliff e John Huss, em momentos diferentes na linha do tempo, também se insurgiram, mas o contexto externo não sopravam na direção da mudança, tal qual no momento de Lutero (século XVI). Entre muitos outros fatores favoráveis às ideias do monge alemão estavam as grandes navegações e a imprensa, inventada por Johann Gutenberg em 1430.
O dia 31 de outubro não foi escolhido por acaso para que Martinho Lutero divulgasse suas ideias. Os dois primeiros dias do mês de novembro são representativos para os católicos. Dia de todos os santos (01) e dia de finados (02). Ocasiões, portanto, muita celebradas pelos fies católicos, momento oportuno para seus posicionamentos, lá em 1517.
Refletir sobre esses fatos e acontecimentos, quinhentos anos depois, tentando estabelecer pontos de ligação entre o passado e o presente, nos faz amadurece, nos inclina a pensar e avançar, sob todos os pontos de vista. Concluo, portanto, esse artigo alusivo à REFORMA PROTESTANTE sugerindo um dos ideais de Lutero:“Igreja reformada sempre se reformando”.
Apenas uma pergunta: será que já num passou da hora das igrejas se reformarem ou, quem sabe até, voltar ao ponto de partida, ou seja: aos princípios elencados por Lutero?