O amigo Edmilson José da Silva, até o início da sua adolescência, era carinhosamente chamado por “Dedé” e um colega que morava na mesma rua por “Didi”. O sonho do Edmilson, desde muito cedo, foi ser marinheiro. Como uma espécie de premio de consolação, já que seus país não permitiram deixar sair da cidade, acabou que em 1991, então com 13 anos, fizesse parte da primeira formação da chamada “Guarda Mirim” da Vitória de Santo Antão.
Na qualidade de membro da “Guarda Mirim” o Edmilson José da Silva, juntamente com tantos outros garotos com idade semelhante, recebia várias instruções visando boas maneiras sociais e de patriotismo. O conhecimento dos símbolos e hinos oficiais eram matérias obrigatórias, por assim dizer.
Pois bem, foi por conta de uma apresentação musical realizada no Quartel da Polícia Militar que o garoto Edmilson José da Silva recebeu o apelido que até hoje, quase trinta anos depois, passou a ser o seu nome social. Ao cantar a introdução do hino nacional o mesmo foi repreendido duas vezes pelo chefe da instrução que “catucou-o” com uma vareta e, em voz alta, disse: “ não cante isso aqui não seu Bocão”.
Desse dia em diante, contou-nos o amigo Edmilson, que seus colegas passaram a lhe chamar de várias maneiras: “ Bocão…Boquinha….Boca e etc”. Ao final, prevaleceu o simpático apelido de “BOCA”, que foi absorvido por Edmilson sem o menor constrangimento. Sendo assim, “BOCA, é mais um a participa do livro “Apelidos Vitorienses” por ser mais conhecido pelo apelido do que pelo próprio nome.