Dias atrás li uma entrevista em que o atual ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, na qual ele afirmou que “todos os presídios do Brasil estão sob controle de facções criminosas (70)”. Mais grave ainda foi o que ele disse em seguida: “e quem entra lá tem que fazer parte de uma delas”.
Em poucos dias nossa cidade, Vitória de Santo Antão, registrou dois movimentos de fuga dos menores infratores assistidos pelo Centro de Atendimento Socioeducativo (FUNASE), localizado na Vila de Pacas. A mais recente alteração, nesse sentido, ocorreu na tarde de ontem (26).
Não poderemos imaginar um Brasil melhor no futuro se não dermos a atenção devida ao grave problema dos presídios, distribuídos pelos quatro cantos do País. Não existe milagre. Não existe mágica para conter essa verdadeira “bomba chiando”
O crime organizado enraizou-se na sociedade brasileira e precisa ser tratado com a inteligência e a energia necessária. Algumas possibilidades para a “cura” já são evidentes, isto é: o atual modelo de segurança pública, como tratamento e remédio, não estão sendo eficazes para controlar esse “tumor”. Certa vez precificou um pensador: “não podemos esperar mudanças, se continuamos repetindo os mesmos erros”.