Se vivo estivesse, hoje, 13 de dezembro 2018, estaria completando 106 anos. O Rei do Baião, Luiz Gonzaga foi dessas figuras que não aparecem todo dia. Em se tratando de Brasil, um país marcado por uma das maiores desigualdade social do planeta, “Seu” Lula, como muitos lhe chamavam, foi um alento de esperança para os pobres e excluídos nordestinos, um quase santo.
Do ponto de vista musical, Luiz Gonzaga foi um revolucionário. Com seu estilo próprio, antes descriminado na região sulista, ganhou espaço, fama e dinheiro e ainda acalentou e deu esperança aos – assim como ele – retirantes da Região Nordeste que se aventuraram em terras alhures.
Do seu terrão o Gonzagão cantou de tudo. Dos costumes ao desespero, da fé aos folguedos, da bravura à humilhação. Como bom filho, depois de “ganhar” o mundo, ele voltou para perto do seu povo e da sua gente. Luiz Gonzaga foi fiel às origens. Defendeu suas raízes. Ele modificou o mundo sem perder a sua essência. Algo que vai muito além dos simples mortais.
Mas, como diz o compositor antonense Aldenisio Tavares, em uma das suas músicas, “O Nordeste Mudou”. Pegando carona, eu acrescentaria: uma história antes, e outra depois do velho Lula.
Saudade.
O melhor de todos os tempos.
Dígno nossas honras.