A linha tênue que separou “os tempos medievais” dos chamados “tempos modernos”, na rica história da civilização, sobretudo no final do século XV e no inicio do XVI, nos proporcionou mudanças e avanços extraordinários em praticamente todos os segmentos, . Dentro desse conjunto, como uma espécie de mola propulsora para tantas outras transformações, encontra-se o invento do alemão Johannes Gutenberg. Isto é: o jornal impresso!!!
Com a chegada da Família Imperial ao Brasil, em 1808, por ocasião da conturbada decisão de fugir de Portugal, com medo do conquistador Napoleão Bonaparte, registrou-se, em terras brasileiras, à chegada da primeira “prensa” para editar jornais. Em nosso torrão, o primeiro impresso a ser materializado – “ O Vitoriense” – teve como ponto de partida 0 dia 05 de novembro de 1866.
De lá pra cá, segundo informações grafadas nos livros que contam a história dos nossos antepassados, tivemos algo em torno de 200 títulos. Com a efetivação da nossa “Estrada de Ferro” (trem), a partir de 1886, os vitorienses, principalmente os que tinham mais intimidade com as letras e que possuíam um poder aquisitivo melhor, passaram a receber, regularmente, os jornais da capital (Recife), como bem narrou, em artigo ( Inventário da Memória) para uma das edições da Revista do Instituto Histórico, o ilustre jornalista Ronaldo Sotero.
Pois bem, após esse rápido histórico sobre os jornais impressos e sua influência e poder de transformação social tomei conhecimento – no último final de semana – de que os jornais da capital – Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio e Folha de Pernambuco – pelo resumido número de exemplares que chegam a nossa cidade, não mais se configura como meio de comunicação de massa.
Ou seja, segundo informações de quem os distribuem na cidade, é menos de uma dúzia do Jornal do Comércio, menos de duas dúzias do Diário e pouco mais de cinco dúzias da Folha de Pernambuco, já contabilizados os exemplares dos respectivos assinantes. Antecipadamente, gostaria de dizer que sou leitor dos três jornais (apenas os exemplares do final de semana).
Por mais que soubesse que o mundo digital, um dia, iria suplantar o espaço do jornal impresso, não achava que a coisa já estava tão adiantada, em se tratando da nossa Vitória de Santo Antão. Em ato continuo, não obstante termos disponíveis (sem custo ao internauta) vários blog locais e inúmeros grupos de WhatApp, redes sociais e etc o “Jornal da Vitória”, dirigido pelo idealista e conceituado jornalista José Edalvo, esse ano (2019) está comemorando 40 anos de fundação, em pleno funcionamento e cumprindo sua função social que, entre outras, é de informar e registrar os fatos histórico na terra de Diogo de Braga e Antão Borges Alves. Viva o Jornal da Vitória!!!
Essas linhas, evidentemente, cabe uma porção de interpretação. Essa foi apenas uma!!!