Recentemente o parlamento espanhol bateu um recorde. Dos 350 assentos, 165 estão sendo ocupados por mulheres (47%). Quase a metade. Segundo dados do Banco Mundial essa nova configuração ultrapassou até o parlamento da Suécia que dispõe de um bom histórico nessa questão.
Por motivos múltiplos e diversos, nós brasileiros, ocupamos a 152ª posição numa pesquisa realizada com 190 países. A média global é de 23,6%. No Brasil somos pouco mais de 10% (10,5) – dados de 2018.
Pois bem, de um determinado tempo pra cá a nossa Legislação eleitoral vem exigindo à presença de mulheres nas chapas proporcionais. Tarefa nem sempre cumprida pelos partidos. Com a mudança ocorrida no último pleito, no qual a justiça determinou o uso de 30% do chamado “ dinheiro do fundão” para ser investido exclusivamente nas candidaturas femininas um novo problema começa a surgir.
Se antes, principalmente nas eleições para Câmaras de Vereadores, algumas mulheres, por serem próximas aos “comandantes políticos” aceitavam “colocar” o nome apenas para cumprir tabela, hoje, por conta disso, a mesma poderá se envolver numa tremenda enrascada.
Portanto, para as mulheres que já foram convidadas pelos chefes políticos para disputar uma vaga na Câmara de Vereadores da Vitória de Santo Antão, recomendo muito cuidado. Certamente alguma “vantagem” deverá ser oferecida para entrar na disputa, mas, caso não seja observado direitinho o que diz a determinação legal em questão, não esqueça que o problema com a Polícia Federal será todinho da postulante. Nessas horas, aquele “amigo político” é o primeiro a pular fora e lhe deixar sozinha na jaula com os leões….