Acompanhado de amigos, dias atrás, mais uma vez estive no Mercado Público da vizinha cidade de Gravatá. No intervalo da prosa, da boa música, do petisco e de algumas doses de água que passarinho não bebe circulei pelo entorno do referido equipamento público.
Antes, porém, devo lembrar que a circunscrição territorial que hoje chamamos de Gravatá foi parida pela então Vila de Santo Antão. À época, 1833, por decisão do governo provincial, perdemos as terras que vão de Gravatá até Bonito e, como forma de compensação, recebemos parcela das terras que pertencia ao Cabo, ou seja: incorporamos o então distrito de Escada. O tempo passou e tudo virou cidade independente. Dito isto, portando, quero dizer que, em boa medida, somos partes de um mesmo corpo, isto é: a comparação é pertinente.
Por mais que incomode, sobretudo aos mais velhos, somos obrigados a reconhecer que cidade de Gravatá, no que se refere à educação coletiva e civilidade, avançou muito mais que a protegida pelo Glorioso Santo Antão. Ficando apenas no quesito organização dos espaços na feira-livre, Vitória, em relação à Gravatá, é o mesmo que comparar a Suécia com a Venezuela.
Bancos padronizados, espaço para circulação, feirantes cadastrados e pagando seus respectivos valores com regularidade, mercados limpos e organizados, dignos de receber visitantes de qualquer parte do planeta para entender o verdadeiro DNA do Nordeste Brasileiro. A feira-livre da cidade de Gravatá, além de um agradável espaço de compras, é, também, um cartão postal dedicado ao turista.
Tanto no entorno quanto na parte interna dos referidos equipamentos públicos – Mercado Cultural – que foi construído em 1919, ou seja, depois do nosso (1913), existe organização, limpeza e ordem. Lá, tem programação festiva para o ano inteiro. A gastronomia é outra atração à parte. Além do bode, da tanajura e da tripa de porco o camarada ainda pode saborear rapadura e mel de engenho, sem esquecer de tomar umas lapadas de aguardente – expressões autênticas do Nordeste Brasileiro.
Pois bem, fico me perguntando: o quê Gravatá tem e nós não temos? Porque Gravatá pode e nós não podemos? De quem é a culpa? Será que somos tão mal educados assim que não conseguimos sequer manter um espaço público saudável?
Com relação ao estado físico do nosso Mercado de Farinha poderíamos, facilmente, apontar os culpados. Mas, hoje, irei fazer diferente, dizendo: imagino que se continuarmos elegendo os mesmos administradores para tomar conta dos destinos do nosso município, dificilmente teremos alguma modificação, tanto no conceito quanto na forma. Isso, já tá mais do que provado!!!
É realmente lastimável a visão mesquinha, incultural e alienada dos Prefeitos da nossa cidade.
O Mercado Público de Vitória de Santo Antão é uma edificação histórica e bela, como sabemos o estado de conservação do referido imovel é precarissímo, somados a essa situação temos todo o entorno do mercado invadido por um comercio de barraqueiros que invadiu as vias públicas irregularmente.
Sucessivas Gestões Públicas se sucedem sem haver o enfrentamento do problema….já está passando da hora da população se mobilizar e exigir das autoridades uma alternativa que livre o centro da cidade de tão degradante cenário.
Vamos nos mobilizar…
Roberta de Cássia Urquiza
Depois do que já foi dito: dizer o que? ; escrever o que? ; falar o que?
Todavia tenho uma pergunta: que força estranha no ar exerce tanto poder sobre nossos gestores que nenhum mexe uma palhinha para melhorar nossos pátios (praça 13 de Maio, praça da Bandeira, praça Duque de Caxias).
Responda Pilako. Que força está por trás ????????????????