Oh! Senhor, como eu preciso do carinho que está
sumindo como um relâmpago.
Qual é Senhor o fantasma que me persegue e não vejo?
Porém os Teus olhos são a amplidão dos meus dias,
o fortalecimento da minh’alma.
Ao amanhecer estou eu a afagar as minhas dores no soluço
da manhã.
Ao entardecer estou eu aos alpes andinos escalando montanhas
com o canto de uma gaivota perdida…
Ao anoitecer estou eu vestida de branco como fantasma da luz.
Meu sono é o fugir da realidade à procura de um mundo forte e bom.
Minha fraqueza são como as linhas que entrelaçam meu sorriso no
fundo do poço.
Meu ser é como uma sombra que se perde ao amanhecer…
(TAPETE CÓSMICO – ADJANE COSTA DUTRA – 1995 – pág. 28).