Para onde correres sempre serás
aquele menino!
Sempre acharás o vazio.
Verás, nas inquietudes tuas,
disformes ações, aceleradas, cruas.
Tens morrido e nascido todas as noites,
menino triste!
Como a dor cresceste nas passagens das coisas Algo flutua na crença que te torna magia.
Atirado nos congestionamentos do ser,
ganhaste a ti.
Tudo mais sobrou,
para contar as mágoas, que incomodaram
a tua agonia íntima dos sentimentos.
Curado das lágrimas do rosto, de sofrimentos
escondidos, quase rudes,
hoje sempre sorri, mas não choras mais.
O menino, que sempre se esconde
das coisas do mundo, se podou.