Governar não é uma tarefa das mais fáceis. Sentado na cadeira almejada, após intensa campanha eleitoral, como proceder? Esquecer os compromissos assumidos com a população ou mudar de rumo em função das muitas críticas recebidas? Eis aí um dilema vivenciado pelo atual governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.
Lastreada por pesquisas de opinião pública, no ano passado (campanha) o então candidato ao Palácio da Guanabara alardeou que, se eleito, iria endurecer o jogo com os bandidos e traficantes. A população aprovou, votou e fez dele governador do Rio de Janeiro. Após assumir, em Janeiro de 2019, vem cumprindo a promessa.
Nesse contexto, porém, como efeito colateral das ações policias “balas perdidas”, aqui e acolá, também estão ceifando vidas de inocentes, sobretudo crianças, como foi o caso recente da garota Ágatha atingida por um abala de fuzil dentro de uma Kombi de transporte alternativo.
O debate é sério e precisa ser tratado com muito cuidado. No meu modesto entendimento não cabe, nesse momento, especulações demagógicas e sensacionalistas, como muitos tentam plantar. Se colocar no lugar das familiares dos inocentes também faz parte do macro-entendimento do problema, mas, não sejamos tolos, pois recuar nesse momento é também empurrar o problema “com a barriga” mais para frente e revigorar o sistema bandido. Mudar de tática, talvez seja o caminho mais acertado. Mas como deve se enfrentar bandidos fortemente armados?
Eis aí uma equação que não é de fácil solução!!!