Com os impactos da Revolução Industrial, ocorrida no século XIX, a criação da locomotiva, como ferramenta para escoar a produção aos lugares mais distantes, com rapidez e segurança, configurou-se num dos mais importantes componentes do desenvolvimento do chamado “tempos modernos”. Nessa perspectiva, o ritmo de trabalho acelerou. De maneira geral, as pessoas passaram a ter mais pressa.
Dos séculos se passaram e adentramos no temido século XXI – temido, porque o mundo haveria de acabar em 2000. Pois bem, com o advento das redes sócias e tudo mais de moderno que nos cerca todos nós estamos sofrendo – em grande ou menor escala – com chamada Síndrome do Pensamento Acelerado, algo identificado pelo psiquiatra e estudioso Augusto Cury.
De maneira geral, os mecanismos usados pelos criadores das redes sócias, em tese, lhe “sequestra” do mundo para lhe colocar em numa espécie de “aquário”. Não a toa, familiares e amigos nossos, aqui e acolá – ou até nós mesmos – não consegue mais produzir um pensamento crítico acerca dos fatos e acontecimentos, com calma, escutando e observando os vários prismas. Isso é grave!!
Recentemente, ouvindo um debate de alto nível sobre a passagem dos trinta anos da “queda do muro de Berlim”, um dos participantes aventou à possibilidade do retorno dessa radicalização e divisão, espalhadas nas mais diversas partes do globo terrestre, atualmente, tal qual nos tempos do ápice do período da“Guerra Fria”, em boa medida, à ascensão de lideres mundiais que não demonstram apreço pelas causas comuns do planeta, apesar de haverem sido alçados ao cargo pelo voto democrático, citando como exemplo o atual presidente dos EUA.
Assim sendo, estamos precisando nos policiarmos, para não virarmos mais um “jumento motivado”, cheio de ódio no coração e “certezas” na cabeça, nas mãos dos que querem conduzir o pensamento único, ao invés de dialogar na direção do consenso. Lembremos, então, o importante religioso que marcou época, D. Helder Câmara: “se discordas de mim, tu me enriqueces”.