Em matéria postada aqui, em outubro de 2019, na qual realcei uma conversa que tive com o prefeito Aglailson Junior, por ocasião de um encontro casual em evento no Vitória Park Shopping, onde trocamos algumas ideias atinente ao pleito municipal que se avizinha, sobretudo no tocante às formações das chapas de vereadores, na perspectiva das novas regras eleitorais – sem coligação proporcional -, ao que parece, com o prazo de filiação se esgotando, as coisas começam ganhar nova tonalidade.
Naquela ocasião – com a minha discordância – disse o prefeito que as coisas com os vereadores do seu grupo já estavam “mais ou menos” resolvida. Entraria na disputa com vários partidos – cada qual com “dois cabeça de chave” – e mais um “sem número” de candidatos que estavam chegando para compor o partido e garantir, por assim dizer, a reeleição dos seus aliados e tal.
Na prática, em cidades de médio e grande porte, as coisas, no que se refere à eleição de vereador, estão tomando um caminho bem diferente. Em Recife, Jaboatão e Caruaru, o partido do prefeito, respectivamente, começa ser “inflado” com candidatos de mandato chegando para disputar uma vaga pelo partido da chapa majoritária.
Pois bem, foi justamente na conversa que tive com o prefeito em outubro passado – distante um ano da eleição desse ano –, escrito na postagem citada, que aventei à possibilidade daquela equação não ser a mais adequada para um palanque que contava com quase 70% do parlamento, como aliado.
Chagada a hora da “onça beber água” – prazo final das filiações – o clima entre os vereadores aliados do prefeito é de apreensão. Continuo dizendo que o caminho mais acertado e menos traumático é colocar todos os vereadores aliados (com mandato) num mesmo partido. Deixando para agregar noutro partido os candidatos “sem mandatos”, para só assim, abrir-se possibilidades reais de todos sonharem com assento na Casa Diogo de Braga.
Os exemplos aqui citado – Recife, Caruaru e Jaboatão – é uma sinalização que a minha tese, dita lá atrás, se configura num caminho meno injusto. Já dizia um experiente político brasileiro: “não se faz política sem vítimas”.