Imagino nas imagens espelhadas no tempo e no vento,
forças estranhas a percorrerem o espaço…
Do ar que eu respiro,
Do mar por onde piso…
Imagino imagens soltas e desconexas ao vento.
Imagino as pessoas, do que possam imaginar:
Dos instantes da vida.
Imagino os pensamentos soltos a evolarem como imagens;
simples imagens.
Imagino forças estranhas…
Estranho nas estranhezas e sutilezas dos amores falsos,
dos falsos amigos.
Imagino nas teias de uma rede feita por aranhas.
Imagino a melodia que estou a ouvir.
Imagino todos os meus sonhos soltos, dispersos como simples
castelos de areias.
Imagino o que eu escrevo e a fonte de inspiração que jaz numa
lápide fria dos meus sonhos.
Morreram sepultadamente:
sentimentos, esperanças, amores, dores,
e até a força estranha do que não imagino.
(TAPETE CÓSMICO – ADJANE COSTA DUTRA – pág. 47).