SONETO FÚNEBRE
Foi o vivo que correu com medo da cova,
Foi a mortalha que vestiu a nossa sedução.
Foi o túmulo que abafou toda a nossa esperança,
Foi o coveiro que nos salvou da podridão.
Será que o vigário de medo morreu?
Será que o cemitério é o seu colchão?
Será que a cruz está no seu peito?
Será que é lápide o seu coração?
É um Conto de uma morte morrida,
É um luto por uma viva paixão,
É um epitáfio de uma alma esquecida.
Será que o espírito que ama está morto?
Será se tem vida dentro de um caixão?
Será que a morte é fria e sem conforto?
Padre Maurício Diniz, Moreno-PE, Dia de Finados de 2011.