Os Políticos da Vitória são responsáveis?

Após concentrar esforços na questão, desde que assumiu o Poder Executivo estadual, ontem (12),  a governadora Raquel Lyra  arrematou mais um empréstimo financeiro. Segundo informações da imprensa, o montante já passou de dois bilhões e meio. Ainda no processo da transição e também no inicio da atual gestão estadual (2022/2023), a atual gestora levantou publicamente questões relacionadas à então saúde financeira estadual,  deixada pela turma do PSB após os 16 anos consecutivos no poder. Com pouco mais de seis meses passados da atual gestão administrativa os fatos começam ratificar que o ex-governador Paulo Câmara, na questão fiscal, deixou o estado em ordem.

Na nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão -, por ocasião da mudança de prefeito – Aglailson Júnior/Paulo Roberto),  ocorrida no apagar das luzes de 2020 e no raiar do ano de 2021, o gestor que se despedia  do poder afirmara que havia deixado dinheiro em caixa, algo raro na história politica recente do nosso lugar.

Os gestores da então nova administração, iniciada a partir do dia 1º de janeiro de 2021, comandada pelo prefeito Paulo Roberto,  não apresentou à sociedade fatos robustos que desmentisse as afirmativas do gestor anterior. Ainda na primeira metade do atual mandato do prefeito, o mesmo efetivou uma operação de crédito em favor do município na ordem de 60 milhões reais. Convenhamos ser um indicativo, de maneira prática, da  saúde fiscal e financeira da República das Tabocas, deixada pela gestão anterior.

Apenas para efeito de “coincidência”, por assim dizer, tanto o ex-governador Paulo Câmara quanto o ex-prefeito Aglailson Junior adquiriam, ao longo dos seus respectivos mandatos, uma alta taxa de impopularidade.

Basta dizer que o candidato apoiado por toda equipe do PSB estadual amargou o 4º lugar na eleição de 2022 e o neto de Nô Joaquim, em 2020,  entrou para história da cidade como sendo o primeiro prefeito que tentou a reeleição e não conseguiu.

 

Lembremos que ao assumir o governo, deixado pelo grupo político comandado pelo Zé do Povo, em 2009, o então prefeito Elias Lira disse haver encontrado um “rombo na prefeitura”. Já em 2017, quando Aglailson Junior sentou-se na cadeira de prefeito o mesmo alardeou no primeiro ano da gestão que não tinha condições de avançar,  porque o gestor anterior havia deixado as finanças do município em “maus lençóis”.

Eis questão: na República da Cachaça é possível ser um gestor cuidadoso com a questão fiscal/financeira e ser popular ao mesmo tempo?

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