Se você não o conhece, vou te apresentar.
Nascido em 1.º de agosto de 1901, na rua da Guia, Bairro do Recife, Luiz de França foi uma figura de resistência e o principal líder do maracatu de baque virado, principalmente da Nação do Maracatu Leão Coroado, onde foi mestre por mais de 40 anos.
Conta-se que a Nação do Maracatu Leão Coroado foi fundada em 1863 por ex-escravos e tinha como um de seus diretores o pai de Luiz de França.
Após assumir o Leão Coroado, na década de 1950, o mestre viveu apenas para o maracatu, até a sua morte, em 1997.
Luiz de França era mais do que um Babalorixá: era um Oluô, que, na língua iorubá, significa “sacerdote máximo”.
Ele tinha plena consciência da importância do Leão Coroado como patrimônio cultural do Recife e sempre batia de frente com os órgãos públicos, tecendo críticas à pouca verba destinada aos maracatus tradicionais.
Orgulhava-se de ter o único maracatu a nunca ter ido parar em um museu, em mais de cem anos de existência.
Para ele, os objetos sagrados do maracatu serem recolhidos a um museu não significava a sua preservação.
A preservação somente aconteceria colocando o maracatu na rua, todo ano, todo carnaval.
E foi isso o que fez.
Em reverência à sua luta e à sua memória, o dia 1.° de agosto foi instituído como o Dia Estadual do Maracatu, pela Lei n.° 11.506/1997.
.
Siga: @historia_em_retalhos
https://www.instagram.com/p/CvaOfBnOaWY/?igshid=MTc4MmM1YmI2Ng%3D%3D