Catalogado na historiografia local como um dos acontecimentos mais fantásticos na então bucólica Cidade da Vitória do inicio do século XX, o primeiro contato da população antonense com o automóvel foi marcado por grande expectativa e, ao mesmo tempo, espanto.
Bem relacionado, simpático e também pabuloso o senhor Manoel Alexandre, para se projetar, mandou avisar na cidade inteira que em breve um automóvel circularia na localidade – naquela época (final do século XIX e inicio do XX) o referido meio de transporte ainda era uma grande novidade nos quatro cantos do planeta.
Pois bem, eis que no dia 9 de setembro de 1910, por volta das 11h, o mesmo circula pelas ruas centrais da cidade em cima de um automóvel, guiado por um motorista. O alvoroço foi grande. O comércio fechou, meninos correndo, pessoas das mais variadas idades montaram em seus respectivos cavalos para acompanhar o dito cujo (automóvel). Houve, também, gente que só viu passar, pela brecha da porta, pois com medo da “novidade” nem de casa saiu.
Portanto, esse foi um dos grandes acontecimentos ocorridos na nossa comunidade. Passados mais de um século (113 anos), hoje, o automóvel virou algo banal. O nosso projeto esportivo/cultural – Corrida Com História – entre outras finalidade, também tem como objetivo incentivar à chamada Educação Patrimonial dos antonenses.