Talvez você não recorde, mas este paraibano (de Bananeiras) é considerado um dos maiores nomes e o principal precursor do surfe nacional.
Discreto, Fábio Gouveia nunca esteve no centro dos holofotes da grande mídia, mas foi o principal responsável pela ascensão do surfe brasileiro no cenário mundial, enquanto Gabriel Medina nem sonhava em nascer.
Depois da sua inédita conquista do título mundial amador de 1988, os olhos do mundo do surfe voltaram-se para o Brasil, porque jamais um brasileiro havia ganho um torneio em escala mundial.
Quatro anos depois, em 1992, ele já estava ranquiado na 5.º posição do Circuito Internacional Profissional (WCT) e, durante dez temporadas (entre 1992-1996 e 1999-2003), ficou entre os 45 melhores surfistas do WCT.
Foi, ainda, o primeiro surfista brasileiro a ganhar uma etapa da elite do esporte no Havaí (1991).
O menino de Bananeiras que aprendeu a surfar em João Pessoa/Cabedelo tinha uma outra particularidade: foi viajando com a esposa, Elka, e os três filhos (algo muito incomum no circuito do surfe dos anos 90) que ele conquistou os seus maiores títulos.
A família era o seu amuleto.
Fia competiu profissionalmente até 2009, quando decidiu aposentar-se.
Hoje, mora em Florianópolis/SC, tendo a sua própria empresa de fabricação de pranchas, a Fabio Gouveia Shape & Design.
Alô, Prefeitura de João Pessoa e/ou Cabedelo, penso que Fabinho Gouveia merecia mais reconhecimento em sua terra natal.
Desconheço qualquer registro público em homenagem aos seus grandes feitos.
A quem interessar, recomendo o documentário “Fábio Fabuloso”, de Pedro César, Ricardo Bocão e Antônio Ricardo.
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