Em 19 de setembro de 1921, há 103 anos, nascia, no Recife/PE, Paulo Reglus Neves Freire, o Paulo Freire, um dos pensadores mais notáveis da história da pedagogia mundial.
Ainda muito jovem, Freire vivenciou a grande Depressão de 1929, experiência que o estimulou a dirigir um olhar de atenção aos mais pobres.
Em 1943, ingressou na Faculdade de Direito do Recife, mas nunca exerceu a profissão, preferindo trabalhar como professor em uma escola secundarista.
Desde sempre, mostrou-se crítico àquilo que ele chamava de modelo “bancário” de educação, que consistia em posicionar o professor como o detentor do conhecimento e o aluno como um simples depositório, uma conta vazia a ser preenchida.
Para Freire, era preciso partir da experiência do aluno e do que ele realmente conhecia, por meio de uma prática dialética, crítica e libertadora.
Em 1963, no município de Angicos/RN, ele e a sua equipe chamam a atenção do país ao conseguirem a proeza de ensinar 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias.
Era a afirmação do seu método!
Ao ensinar a escrever a palavra “trabalho”, por exemplo, discussões outras eram levantadas, despertando-se um interesse bem maior sobre o tema.
Em 1968, lança “Pedagogia do Oprimido”, o seu livro mais famoso.
Para muitos, é a 3.° obra mais citada na área de ciências sociais em todo o planeta.
Com o Golpe de 64, Freire foi preso por “subversão”, por 70 dias, e, depois, enviado ao exílio.
Contemporaneamente, observamos um fenômeno intrigante.
É comum ouvirem-se críticas ao título recebido por Freire de Patrono da Educação Brasileira, por meio da Lei n.° 12.612/12.
Isto é um completo despropósito.
Não podemos permitir, jamais, a desconstrução da figura histórica de Paulo Freire.
Essa visão representa uma investida contra o conhecimento, especialmente, contra o saber libertador e emancipatório.
Paulo Freire, 103 anos.
Paulo Freire universal!
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