Eu doido para esquecer aquela derrota, e a minha máquina, vaidosa, a imprimir com a boca torta: O SPORT O SPORT O SPORT O SPORT Que vaidade boba, parece o Eclesiastes, a vaidade das vaidades, minha Nossa Senhora!
O que danado tinha aquele time do Pará para parar um Leão em plena toca, que bicho papão nos entorta? Ah! Minhas glórias, meus triunfos, minhas vitórias, quanta tragédia sob os céus! E minha impressora, impressionada e vaidosa, a relembrar a derrota: O SPORT O SPORT O SPORT O SPORT
Minha avó Celina sob a campa, meu cãozinho – de minha genitora, seu Benge querido – e agora? E minha impressora, impiedosa, quanto mais triste, mais vaidosa.
Eu tenho que imprimir minhas revistinhas, defender o pão nosso de cada dia, fazer graça e viver das graças, e ela danada relembrando a desgraça: O SPORT O SPORT O SPORT O SPORT
Para, Epson, para, deixa de besteira, aguenta o tombo! Só porque tomamos uma goleada daquela récua de monstrinhos da cara quadrada e pés de bombo! Para! Para! Para! Para! E a danada, impressionada: O SPORT O SPORT O SPORT O SPORT
Sosígenes Bittencourt