Como já falei em algumas oportunidades não sou velho, mas posso comentar sobre as imagens colhidas por nossas retinas, mesmo com uma visão de criança, do início dos anos 70 de nossa cidade.
Tempos onde a nossa Vitória parecia andar em um ritmo vagaroso, onde ainda se podia armar circos no bairro da Matriz, mas precisamente “no campo da capina” onde Matuto guardava suas madeiras, local hoje onde se encontra o prédio do Fórum.
Nesse clima, de tempos quase parando, era possível também observar as donas de casa, daquelas ruas no entorno do Pátio da Matriz irem às calçadas para comprar, entre outras coisas, peixes. Lembro bem, homens de chapéu de palha nas cabeças carregando cestas, ou então aquelas madeiras nos ombros onde se podia carregar um samburá de cada lado, sempre dizendo: “tá tudo fresquinho cumade, pesquei tudo hoje de três horas da madrugada”.
Muito bem, o tempo passou e a nossa cidade deixou de ser uma “vila de pescadores” e entrou no chamado “mundo globalizado”. Prova disso é a nossa PITÚ, de Seu Ferrer e Seu Joel, que é a aguardente brasileira mais exportada para os cinco continentes; Osman Lins, cidadão do mundo é um dos nossos melhores cartões de visita e até o nosso craque de bola, Fernando Nogueira, já deu “olé” nos campos europeus.
Falo tudo isso apenas para ilustrar o meu descontentamento ao me deparar com uma triste cena que presenciei, hoje (25) pela manhã na histórica Praça Leão Coroado, onde uma vendedor e tratador de peixes fazia dos canteiros, uma espécie de banco de frigorífico sem a menor higiene.
Elias Lira, que foi às praças públicas na eleição passada prometendo, caso ganhasse a parada, promover uma cidade “bem administrada”. O curioso disso tudo, apenas para ficar na área da alimentação, a cidade vive hoje um verdadeiro colapso administrativo, matadouros fechados, feiras imundas, comidas sendo preparadas no meio das ruas, caranguejo exposto à venda em plena Avenida Mariana Amália e peixe sendo tratado em praças.
Devemos reconhecer Elias! que realmente você venceu, certamente você, seu filho e Barbosa tem motivos de sobra de estar dando risada da cara do povo da Vitória.
Pilako, você cometeu um equivoco neste post. O que “Elialira” prometeu nos discursos de campanha foi uma “VITORA BEM AMENISTRADA”, e não BEM ADMINISTRADA como você escreveu. A culpa é do povo que não o entendeu direito e acabou criando uma falsa expectativa e acabou elegendo-o.
Aproveito o momento para denunciar que algumas calçadas estão totalmente obstruídas pelo comércio informal tendo por exemplo:
– Um bar estilo trailer que fica estacionado em frente ao antigo Clube Camelo;
– Ceará Lanches que obstrui a passagem na calçada em frente a Celpe (Avenida Mariana Amália);
– Uma nova carroça de Lanches que fica em Frente ao Antigo Comitê de Antonio de Lemos (Entre a antiga Praça Duque de Caxias e a Praça Diogo de Braga);
Estes São alguns dos tantos exemplos de obstruções das vias Públicas que atrapalham a vida dos cidadãos vitorienses. Fazendo que os mesmos venham a dividir espaço com os carros, por causa da privatização das calçadas.
Seria interessante que houvesse uma denuncia neste blog, falando da falta de Planejamento e Ordenamento Urbano. Casos absurdos não faltariam para serem discutidos.
Desde já, parabenizo o autor do blog pela ótima postagem.
e a catinga óh \o/