Lembro-me de quando viajava para o Recife, de manhã,
e retornava à noitinha.
O cheirinho de mato, o vento assanhando o meu cabelo,
eu, com o rosto pálido, olhando para as serras.
As árvores pareciam mulheres nos cumprimentando.
Eu tinha cabelo naquela época, era desintoxicado naquela época, sentia frio.
Com a cabeça na janela do ônibus, ninguém sabia que eu fazia poesia.
Sosigenes Bittencourt – Escritor vitoriense.
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REATUALIZA-ME
A poesia natural não precisa de pompa nem circunstância, só precisa ser revelada, natural como nasce.