Recebemos por e-mail, de um internauta que pediu para não ser identificado, um comentário relacionado a mais uma invasão de calçada em nossa cidade. Leia:
Caríssimo Pilako,
Segue nossa denuncia quanto a invasão da calçada da Rua Imperial, 87. Como um Escritório de Advogados pode ter a capacidade de defender as leis se os mesmos estão infringindo, interrompendo o direito primordial de ir e vir? Certo que o Escritorio deve estar dentro das normas de acessibilidade, mas para isso, realmente é necessário interromper a passagem dos pedestre e joga-lo em meio as kombis e vans que ali fazem ponto irregular?
Atenciosamente,
Internauta
“Leis, pra que te quero?” Depois dos bancos, virou moda. Ou como dizia o saudoso Fernando Sabino: “… dura lex, sed LATEX”.
Feliz de vós que não necessita de acessibilidade.Que pode ir e vim onde quiser,mesmo tendo que passar por cima de algum entulho. Isso não e moda,Como roupa que podemos escolher a cor e tendencia..Quando o saudoso escritor Fernando Sabino pronunciou a dita frase referia-se a DURA LEX para os POBRES E SED LATEX para os RICOS,DARIA EU MINHAS riquezas para ter almenos 2 pernas para andar…. DEFICIÊNCIA NÃO E MODA DE RICO.ACESSIBILIDADE NÃO E MODA DE RICO.E SÓ IGUALDADE.PARABÉNS AOS ADVOGADOS QUE ESTÃO COM ESSA VISÃO VISTO NEM MESMO A PROCURADORIA PÚBLICA AO LADO DO FÓRUM GUIOMAR CRAUZE NÃO TER ACESSIBILIDADE.Os senhores advogados estão apenas criando um lugar entre os mil que existem com acesso a deficiente,cadeirante,idosos.porque os senhores andantes não passam do outro lado da rua.que tesão e essa de passar em cima do entulho.ou melhor troco toda minha riqueza pelas suas duas pernas.
Infelizmente nossa Cidade realmente não vai pra frente. Advogados tentam dar espaço para a acessibilidade, mais infelizmente pessoas com cabeças ocas, que só olham pra ponta do seu nariz, ficam fazendo questão. Como se aqui tivéssemos cultura pra andar nas calçadas, por cima das tampas da compesa, etc… Deveríamos se preocupar com outros problemas, já que quem denunciou não deve necessitar da acessibilidade então não deve ter nada o que fazer. Sem contar que deveria ter denunciado também a casa tombada ao lado, pois a mesma também usa grande parte da calçada, e ainda assim sem rampa. ATENÇÃO PESSOAL ACESSIBILIDADE INFELIZMENTE NAO É PRA A MAIORIA, E SIM PRA QUEM NECESSITA.Mediocricidade, ignorância tem limites.
Vários segmentos sociais lutam pelos seus direitos de inclusão na sociedade. É o que acontece com as mulheres, negros, sem-terra e tantos outros excluídos.
Embora não tenham conseguido plenamente sua inclusão na sociedade, muito já avançaram.
Como esses, há um outro grupo de excluídos – as pessoas com deficiência, que não têm acesso aos direitos que devem pertencer a todos: educação, saúde, trabalho, locomoção, transporte, esporte, cultura e lazer.
Leis têm sido criadas para a garantia desses direitos, o que já é um grande passo. Mas, apesar delas, percebemos que nós excluímos as pessoas que consideramos diferentes.
Precisamos, então, conhecer e reconhecer essas pessoas que vivem a nossa volta, excluídas por nossa própria ação.
Se desejamos realmente uma sociedade democrática, devemos criar uma nova ordem social, pela qual todos sejam incluídos no universo dos direitos e deveres. Parabéns aos advogados que fizeram a diferença. Parabéns pela visão e principalmente pela INCLUSÃO. Nessa horas, me envergonho de fazer parte de uma sociedade tão limitada e egoísta. A cidade cresce, mas as pessoas não! Permencem pequenas, ocas e mesquinhas. É realmente lamentável.
Em tempos de hoje, contemporâneo, onde a acessibilidade vem logo a tona. Além de egoísmo é falta de senso social. Ao que parece, a rampa deve ser para a subida de cadeirante. Pior. Pois se for, quem o fez fez de plena consciência dos efeitos. Castigo se for divino, vem dobrado.
Mas como ninguém é santo, cabe à municipalidade fazer o milagre.
Quem é o secretário de infraestrutura em?
Fica claro, através da fotografia, que a finalidade maior dos advogados desse escritório é de atender a TODOS, sem restrições. É uma pena, como citado no comentário acima que repartições na cidade limite o acesso de pessoas com necessidades especiais. Me questiono como o blog ainda postou isso, mas acredito que pela liberdade de expressão que cada um temos direito. Como dito pelo colega em seu comentário, o(a) anônimo(a) deveria ter se importado MUITO MAIS com a casa ao lado(patrimônio tombado) do que com uma rampa acessível para cadeirantes em um escritório de advocacia. ACESSIBILIDADE É UM DIREITO DE TODOS E DE RESPONSABILIDADE DE CADA UM! Se o(a) anonimo(a) não faz a sua parte, por favor, ao menos respeite os que fazem. Espero Sr(a) anonimo(a) que você nunca precise de necessidades especiais para poder entender a importancia dos que desde já necessitam. Lamentavél, absurdo e vergonhoso.
Parece que o termo “acessibilidade” foi mal compreendido ou compreendido apenas na parcialidade dos interesses e/ou dificuldades de cada um. Promover a acessibilidade, NO CASO EM TELA, é proporcionar TAMBÉM às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida a utilização dos recursos da comunidade. Entenda-se como “pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida” as pessoas que apresentam algum tipo de deficiência, seja física, auditiva, visual, ou múltiplas!
Como bem foi dito aqui, a acessibilidade é direito de TODOS, porém, a responsabilidade não é de cada um, como foi afirmado. A responsabilidade é do PODER PÚBLICO, a quem cabe promover, estabelecer critérios e fiscalizar. Infelizmente, apesar de existirem leis que estabelecem normas e critérios básicos de promoção da acessibilidade, a sua regulamentação fica a cargo dos municípios, que muitas vezes não observam as normas técnicas da ABNT (pois é, para quem não sabe, a Associação Brasileira de Normas Técnicas tem uma Norma Técnica para o passeio público – calçada) estipuladas através da NT 9050-04 que determina que calçadas, passeios e vias exclusivas de pedestres, no que diz respeito à sua largura, devem incorporar faixa livre com largura mínima recomendável de 1,50 m, sendo o mínimo admissível de 1,20 m. Além também de estabelecer critérios máximos de inclinação, rebaixamento, sinalização (principalmente para os deficientes visuais, a qual é feita mediante faixa de piso específico), posicionamento de mobiliários urbanos públicos (bancos, ponto de ônibus, jardins, etc), árvores, etc., etc. e etc.
Não tenho dúvidas quanto a boa intenção dos advogados do tal escritório (a quem nem conheço), porém, a solução da questão da acessibilidade ao referido imóvel (particular) não poderia, por bom senso, impedir ou dificultar o trânsito livre das pessoas no passeio PÚBLICO. Entendo que, se bancos puderam “legalmente” extender o seu acesso invadindo e limitando o passeio público, outros também poderão fazê-lo e o resultado disso tudo não precisa ser um Einstein para deduzir. Portanto, a discussão aqui se atenta a falta de legislação municipal que ATENDA os interesses de TODOS.
Não estou entendendo o porque dessa discussão. Essa casa já existe há MUITOS anos e sempre existiu uma rampa de acesso. Não foram os advogados que criaram, eles apenas melhoraram.
Quem não lembra dessa casa na Rua Emperial?
Quando vi a foto, lembrei imediatamente da casa e me questionei se na mesma já não existia a tão discutida rampa. Perguntando a algumas pessoas pude ter a certeza que ela sempre existiu.
Lembro da casa, lembro dos moradores, por isso não entendo porque agora isso veio a ser motivo de debate.
Como cidadão vitoriense, acredito que existe alguém particularmente encomodado, caso contrário, o anônimo deveria ter manifestado sua indignação antes.
Caro,
Vandenberg…
Abnt regulamenta as normas, más nossa constituição diz-se que o direito coletivo prevalece sobre o direito individual, Abnt explica as normativas não a obrigação de cada industrial,ou fabricante ou muito menos construtores e pedreiros.Na sua colocação entende-se que e MODA rampa,entendendo-se que o senhor acha que e moda ser cadeirante para subir e descer nas rampas da lindas de nossa cidade.
O caro parece ter colado do google a sua ultima colocação…Sou industriaria e cliente da ABNT.
Prezada leitora,
Sugiro uma releitura mais atenciosa do que foi escrito a fim de que possa compreender MELHOR o sentido das colocações, evitando assim deduções DETURPADAS ou desvirtuadas do real sentido que se tentou dar.
Em NENHUM momento foi feita sequer a MÍNIMA menção CONTRÁRIA à questão da acessibilidade ou aos direitos das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, que, vale salientar, não se resumem apenas a um grupo (deficiência física), mas sim, como FALEI, a TODOS com algum tipo/grau de deficiência, seja física, auditiva, visual, mental ou múltiplas.
NA VERDADE o que se tentou externar aqui (e particularmente entendi dessa forma a denúncia do leitor, embora infelizmente não tenha sido esse o entendimento da maioria) foi a indignação de vermos o PODER PÚBLICO permitir que o passeio público (calçada) seja INVADIDO para atender necessidades PARTICULARES, sejam de estabelecimentos comerciais, sejam de residências (basta ver o acesso às garagens da maioria das casas nas nossas cidades), DIFICULTANTO o trânsito das pessoas, INCLUSIVE, e PRINCIPALMENTE, daquelas portadoras de deficiências que porventura precisem TRANSITAR pela referida calçada (como se não bastassem as invasões do passeio público por bares e restaurantes que se apropriam da calçada como uma extensão natural dos seus estabelecimentos).
Em outras palavras, para que não reste qualquer resquício de dúvida ou gere qualquer outro tipo de compreensão EQUIVOCADA: NINGUÉM em momento algum está se posicionando CONTRA a esses direitos, muito pelo contrário. Estamos aqui não só DEFENDENDO esses direitos, mas EXIGINDO uma REGULAMENTAÇÃO desses direitos, com base nas normas e critérios já estabelecidos pela ABNT.
Porém, e aqui é onde entra o “X” da questão, se algum estabelecimento comercial – e residencial – (e aqui também entra a falta de legislação que obrigue os estabelecimentos e autarquias a disponibilizar tais acessos), necessita, por razões arquitetônicas, promover um melhor acesso que atenda às pessoas com necessidades especiais, ESSAS soluções TÊM que ser resolvidas NOS LIMITES da sua propriedade PRIVADA e NÃO invadindo o passeio PÚBLICO.
Isto posto, espero que a senhora, como uma pessoa que se diz portadora de necessidades especiais, e que portanto, é vítima da insensibilidade das demais pessoas e dos PODERES PÚBLICOS no seu dia a dia, possa ter entendido o REAL sentido do que foi externado.
Caro,
A nossa PREFEITURA não tem acessibilidade para que eu possa fazer valer meus direitos,nem solicitar alguma explicação.Na sua colocação (virou moda),entendi que o nobre colega,achava que não havia necessidade de rampa porque era moda de banco.Porque não e importante como falamos,más sim como somos compreendidos,…O nobre colega parece recém licenciado em direito,muita teoria…
Daqui a algum tempo nossa cidade será uma cidade “descalçada”, onde teremos dificuldade de locomoção! A foto ilustrada é numa localidade privilegiada da cidade! Imaginem em outros locais como por exemplo no bairro Alto Bela Vista e adjacências onde há de tudo, há todo tipo de anti-exemplo arquitetônico tanto à nivel de acessibilidade como também de beleza!