Prefeito Elias Lira: “cospe na cara das pessoas”

Durante os quase quatro séculos de sua história, nossa cidade, desde o longínquo Povoado de Braga até a pujante Vitória de Santo Antão dos dias atuais, sempre teve como locomotiva econômica o seu comércio.

300px-Pack_Horse_2A qualquer momento, posso fechar os olhos e viajar em pensamentos para o início da década de 70 (1970), é que quando criança, em noites maus dormidas, era possível, sem maiores dificuldades, ouvir as pancadas em meus ouvidos dos cascos dos cavalos no calçamento da Avenida Silva Jardim transportando mercadorias. Lembro aqui, toda minha infância foi vivida na casa de Seu Zito e Dona Anita.

Às quatro da manhã, os “matutos” transportavam em seus caçoas frutas, verduras e farinha de mandioca produzidos em seus pedaços de terras para venderem nas feiras. Ao final da tarde retornavam levando arroz, sabão e bebidas para vender em seus barracões. Muito deles, meio zonzo, depois de tomar umas e outras.

Nesses últimos 40 anos, muita coisa mudou no segmento comercial da nossa cidade. O Rancho para apear os cavalos, por força das circunstâncias, não mais existe, o mercado do Feijão é apenas uma mancha na lembrança dos mais velhos, o Mercado de Farinha é apenas mais um prédio sujo na cidade, onde antes a vida comercial era vivida em sua total plenitude, hoje é apenas mais prédio histórico na iminência de desabar e levar com ele, entre tantas, a história dos 30 anos (1913 a 1943)  que foram gasto para sua total edificação e serventia.

mercado-publico-vitoria-santo-antao

Digo essas coisas, algumas delas arrancado das paredes da minha memória de criança, para dizer que já já o tempo deverá voltar em nossa cidade. Não necessariamente para soerguer a efervescência comercial do Mercado de Farinha ou importância do Mercado do Feijão, e sim para que os comerciantes voltem a se utilizar de cavalos, com seus respectivos caçoas, para poder transportarem suas mercadorias no atual local reservado pela Prefeitura da Vitória para o comercio de hortaliças, frutas e verdura, a CEAVI.

elias_lira_foto_alepeNa manhã de hoje (18) nossas lentes registraram o estado deplorável a que chegou o nosso centro de abastecimento. O Prefeito Elias Lira, simplesmente “cospe na cara das pessoas” que ali são obrigadas a trabalhar e tirar o sustento, seu e de suas famílias. É lamentável.

ceavi (1) ceavi (2) ceavi (3) ceavi (4) ceavi (5) ceavi (6) ceavi (7) ceavi (8) ceavi (9)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *