Cortando o céu, num clarão, a vida fugaz,
tal Via-láctea incandescente, bela,
no compasso pulsa. Efêmera luz que apraz!
Expande-se, pelo universo se esfacela…
Passa entre os astros e laços de ternura
em suaves voltas une almas, paralelas.
O amor em esplendor navega… à ventura
entre anjos. Crianças riem, serenas, singelas.
Corre a vida, corre contra o tempo,
marcando faces, machucando almas
na jornada fugaz, tal qual o vento,
entre megalegorias de estrelas… vagas.
Meditável tempo: estradas, veredas, ruelas…
onde há coroas de louros ou de espinhos.
Auroras, ocasos, dão matizes a aquarela
que se desenvolve na dureza dos caminhos.
Passa o Sol, a Lua, passam nuvens de carmim,
noite, dia. Vertigem! Tudo se acaba!
Céu ou inferno? Guiados por um Serafim
passamos, rumo ao tudo ou rumo ao nada.
entre adultos e infantis.