No batente da garagem, há dias, há uma esperança. Apesar de imóvel, a esperança vive, a esperança não morre.
Eu fui dormir, pensando na esperança. Eu acordei, procurando a esperança.
Eu pensava que a esperança havia ido embora. Porém, a esperança permanecia ali, verde como a esperança.
Vieram algumas pessoas, falavam alto, nem se ligaram na esperança. Não sabem o que perderam em não usufruir da esperança.
A esperança é uma poesia, pousada, há dias, num batente aqui de casa. Ninguém se agonia, ninguém tem medo da esperança.
A esperança, se um dia vier a ir embora, estará aqui sua lembrança.
Sosígenes Bittencourt