Aconteceu na noite de ontem (07), nas dependências do tradicional Clube Abanadores “O Leão”, a entrega de títulos de cidadania vitoriense para quatro pessoas com perfis bem diferente: um médico, um político, uma professora e um religioso.
A sessão Solene da Câmara foi dirigida pelo vereador e presidente do Poder Legislativo local, Edmo Neves. Os agraciados da noite foram: Raul Sacramento Mariz, Fernando Bezerra Coelho, Maria das Graças da Silva e Antônio Fernando Saburido.
Dentre os agraciados com a honraria, Título de Cidadão Vitoriense, a pessoa com quem tive mais contato foi a professora e atual Secretaria Municipal, Maria da Graça. Quando adolescente, estudante do Colégio Municipal 3 de Agosto, fui aluno da Professora Graça, como assim era e continua sendo mais conhecida. Fiquei surpreso em saber que a mesma é natural da cidade de São Bento do Una.
O discurso da noite mais conectado com a cidade, na minha opinião, ficou por conta do Reverendíssimo Senhor Arcebispo de Olinda e Recife Dom Antônio Fernando Saburido. O religioso relatou detalhes da sua chegada em Vitória, já que o mesmo foi nativo do pequeno distrito de Jussaral, pertencente a vizinha cidade do Cabo de Santo Agostinho.
De maneira serena e equilibrada, aliás, características dos verdadeiros lideres religiosos, relatou aos presentes que, aos cinco anos de idade, ao participar, junto com seus pais, de uma procissão em nossa cidade, se perdeu da família e acabou tendo seu destino de volta para casa, definido pela imagem de um “ANJO”, isso porque, naquela ocasião, tinha apenas como referência da sua residencia, a imagem que faz jus ao lugar, que ainda hoje, permanece no bairro do Livramento, como um dos monumentos mais bonitos da cidade.
A chegada do Fernando Saburido, junto com seus familiares na nossa cidade, disse o religioso, se deu por motivos dos estudos, tanto dele quanto dos seus irmãos. A vida religiosa, do agora vitoriense Fernando Saburido, começou quando o mesmo ainda era muito jovem, tendo iniciado suas atividades religiosas na Igreja Nossa Senhora do Livramento como acólito.
Não poderia encerrar esta postagem , sem elencar, pelo menos, duas notas desafinadas no evento.
A primeira é relativa à intervenção oral do senhor André de Paula, uma vez que o seu nome foi anunciado na imprensa como um dos agraciados com a honraria, mas, sem nenhuma explicação palpável deixou para receber o título em uma outra oportunidade (certamente mais próximo das eleições).
Ora !! se o seu título já tinha sido aprovado, se o André confirmou a presença no evento, e por que então não recebê-lo? Outra coisa, se não recebeu o título e não é nenhuma autoridade por que então fez uso da palavra na solenidade?
A segunda observação que faço, fica por conta do baixíssimo número de pessoas presentes a um evento desta natureza. Certamente, o ex-ministro Fernando Coelho, ao deixar a cidade, deve ter ficado com uma pulga atrás da orelha no que se refere ao índice de aprovação e prestigio político dos seus futuros apoiadores na cidade, já que a estrutura da recepção, foi preparado para receber uma verdadeira multidão, até porque, um telão, para transmissão em tempo real, foi armado na Praça da Matriz e, no frigir dos ovos, a quantidade de pessoas que se fez presente ao evento, não deu nem para preencher as cadeiras distribuídas no salão do clube.